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Fabricantes europeus de carros querem fechar fábricas e despedir

Os grandes fabricantes de carros europeus, desesperados com o excesso de produção que penaliza os lucros e os deixa vulneráveis à competição com "players" de outros continentes, defendem que para sobreviverem os seus representantes regionais aceitem fechar fábricas e reduzir o número de postos de trabalho.

07 de Março de 2012 às 21:00

Segundo a Reuters, hoje, durante a “Genebra Auto Show”, a associação europeia de indústria automóvel (ACEA) discutiu como irá aumentar os esforços de ‘lobby’ junto da União Europeia (UE) para delinear um plano europeu que resolva o excesso de produção. Aliás, uma fonte da indústria garantiu à agência noticiosa que a ACEA está já a preparar uma proposta para apresentar à UE, mas que ainda não estará pronta.

Os analistas estimam que, mediante a anemia das vendas, haja actualmente no continente uma capacidade produtiva instalada 20 por cento superior às necessidades existentes.

“Não se pode procurar indefinidamente uma solução para o problema do sector ao nível nacional. Precisamos de uma solução europeia, mas não é fácil”, disse durante o evento na Suíça, o secretário-geral da ACEA, Ivan Hodac. A ideia foi corroborada pelo presidente CEO da Fiat, Sérgio Marchionne. “Temos olhar para o ‘grande quadro’ do excesso de capacidade instalada”, justificou.

Uma fonte da indústria disse à Reuters que os fabricantes europeus pressionados por uma “brutal guerra de preços”, num mercado marcado pelas medidas de austeriadade, desejam que haja uma vontade politica para aceitar um plano de fecho de fábricas, em detrimento da dotação de financiamento adicional.

O CEO da Peugeut, Phillippe Varin, sustentou que “os políticos devem suportar a indústria no processo de reestruturação”. O gestor deu o exemplo do apoio dado ao sector pelo governo americano, durante a crise. Entre 2008 e 2012, o “Detroit’s big three”, que engloba a General Motors, a Ford e Chrysler, levou ao fecho de 13 unidades. Na Europa durante o mesmo período, segundo a Reuters, apenas fecharam três fábricas.

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