Governo espanhol dá 250 milhões para financiar companhia aérea argentina
O Governo espanhol decidiu aumentar o valor do crédito concedido à Argentina, no sentido de poder conceder 250 milhões para ajudar a financiar a companhia aérea argentina, noticia hoje o jornal espanhol "Expansion".
O Governo espanhol decidiu aumentar o valor do crédito concedido à Argentina, no sentido de poder conceder 250 milhões para ajudar a financiar a companhia aérea argentina, noticia hoje o jornal espanhol “Expansion”.
O conselho de ministros espanhol instruiu o Instituto de Crédito Oficial (ICO) para este modificar as condições da linha de crédito concedida à República da Argentina em 2001.
Este empréstimo, no valor de mil milhões de dólares, foi concedido num que a Argentina estava a atravessar a crise mais grave da sua história.
Além disso, o ICO decidiu ampliar o crédito concedido no valor de 250 milhões de euros, dinheiro que previsivelmente servirá para que as Aerolíneas Argentinas financie a compra de aviões Airbus, avançaram fontes próximas, citadas pelo “Expansion”.
Se a companhia aérea argentina mantiver a compra dos Airbus, o accionista Marsans retirará a queixa que interpôs junto do Centro Internacional de Arbitraje de Disputas de Inversiones (CIAD). Além disso, a Marsans renunciará a qualquer tipo de compensação económica pelas perdas da companhia.
As negociações com a Airbus poderão estar concluídas dentro de semanas, no entanto ainda faltam alguns detalhes. Inicialmente o que estava em causa era a compra de 30 avioes, dos 66 encomendados pela Marsans, no entanto o jornal refere que deverão ser menos.
O dinheiro que a Marsans recuperar com esta operação será um balão de oxigénio, numa fase em que a companhia está a atravessar problemas.
A história das Aerolíneas Argentinas remonta a 1990, quando a Iberia, então conrtolada pelo Estado espanhol, tomou controlo da empresa.
Em 1994, o Instituto Nacional de Industria (INI) assume o controlo da empresa argentina após esta ter registado provocado perdas de 1.200 milhões de euros à Iberia que atravessava problemas financeiros..
Em 2001, o INI decide vender a empresa ao grupo espanhol Marsans, situação que é contestada quer pelos trabalhadores como pelos políticos argentinos.
No ano passado, a Marsans aceita ceder parte da sua posição na empresa, para a entrada de novos accionistas, no entanto a venda não corre de acordo com o esperado pelo Governo argentino. Assim, este optou finalmente por expropriar.
A Marsans levou o Governo argentino até ao Centro Internacional de Arbitagem de Conflitos de Investimentos, que depende do Banco Mundial. A Marsans admite retirar a queixa se transportadora mantenha parte da encomenda de Airbus. Aí, a Argentina solicitou ajuda a Espanha para se financiar.
Mais lidas