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Governo avança para venda acelerada dos 31,5% dos CTT a investidores institucionais

O Governo, através da Parpública, anunciou a decisão de vender a restante participação que ainda detém nos CTT através de investidores institucionais. A alienação será feita através de um processo de "accelerated bookbuilding".

04 de Setembro de 2014 às 17:10

O Governo, através da Parpública, anunciou a decisão de vender a restante participação que ainda detém nos CTT através de investidores institucionais. A alienação será feita através de um processo de "accelerated bookbuilding" (oferta de acções num curto período de tempo sem que tenha sido feita muita publicitação à operação. Os processos de "accelerated bookbuilding" - em que os bancos procuram compradores para títulos - têm, normalmente, um desconto associado). A decisão foi confirmada esta tarde num comunicado enviado pela Parpública à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Foram, assim, necessárias menos de quatro horas, após o anúncio por parte do Governo de que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, estava mandatada para definir "o momento mais adequado" e "as melhores condições de mercado" para a venda da fatia de 31,5%, para que ficasse definida a modalidade de alienação da fatia que remanescia nas mãos do Estado português.

Este tipo de processo escolhido pela equipa de Maria Luís Albuquerque pressupõe tão somente a alienação dos títulos dos serviços postais nacionais através do recurso a um processo de alienação a investidores institucionais.

No comunicado emitido pela Parpública pode ler-se que "a Parpública anuncia que irá proceder ao lançamento de uma oferta particular de venda das acções, através de um processo de 'accelerated bookbuilding' de até 47.253.834 acções da CTT, sujeita à procura, ao preço e às

condições de mercado".

Na informação enviada ao regulador é também anunciado que o Caixa BI e a JP Morgan Securities são as entidades escolhidas "enquanto coordenadores globais e bookrunners conjuntos da oferta".

Por fim, informa-se que a responsável pela pasta das Finanças detém o poder para anular ou suspender a oferta até à concretização da sua liquidação física, sempre que subsistam motivos de justificado interesse público que sustentem tal decisão.

O Governo já tinha aprovado a venda destes 31,5% dos CTT no passado mês de Junho, tendo nessa altura aprovado as condições para a alienação da dita participação.

Contrariamente ao que fora feito na primeira fase da privatização dos CTT, o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho afirmou então que a segunda fase da privatização poderia ser concretizada unicamente através de uma venda directa institucional, ou seja, a venda directa a fundos ou bancos, dispensando assim uma eventual dispersão em bolsa pelos pequenos investidores.

Os 31,5% que o Estado português pretende alienar contêm uma fatia de 1,5% que havia sido devolvida depois da primeira fase de privatização, uma vez que se tratava de um conjunto de títulos que servia para estabilizar as acções após a sua entrada em bolsa. 

(Notícia actualizada às 17h37 com mais informação)

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