Guerra põe silo da Trafaria no limite da sua capacidade
O silo da Trafaria está a atingir a capacidade máxima de armazenagem, com navios cheios de cereais, destinados essencialmente à alimentação animal, a fazerem fila para descarregar. A Silopor diz tratar-se do maior “pico” de tráfego desde que estalou a guerra na Ucrânia.
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“Está praticamente a deitar por fora. Está cheio. Não cabe mais”. É assim que Abel Vinagre descreve o cenário que se verifica, por estes dias, no silo da Trafaria, operado pela Silopor, que descarrega mais de 50% dos cereais consumidos em Portugal. Com “a capacidade nominal quase no limite”, há navios no Tejo à espera para poderem entregar cereais destinados essencialmente para alimentação animal. A culpa é da guerra na Ucrânia, diz o presidente da comissão liquidatária que gere a empresa pública desde 2000, explicando que, apesar de o conflito durar há mais de um ano, o tráfego tem atingido agora níveis sem precedentes. E, devido às dimensões dos navios, não há outro porto capaz de servir de alternativa, alerta.
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