ERSE propõe aumento de 1% no preço da luz a partir de janeiro de 2026
Regulador propõe um aumento de 1% no preço da eletricidade para os clientes do mercado regulado em 2026. Os consumidores com tarifa social terão um desconto de 33,8%.
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) propôs esta quarta-feira um aumento médio das tarifas no mercado regulado de eletricidade de 1% a partir de Janeiro de 2026.
Segundo os cálculos do regulador, para um casal com dois filhos, uma potência contratada de 6,9 kVA e um consumo anual de 5.000 kilowatts hora (kWh), o aumento entre o valor pago em dezembro de 2025 e janeiro de 2026 será de 0,37 euros. Já para um casal sem filhos, com uma poteência contratada de 3,45 kvA e um consumo anual de 1.900 KWh, o aumento será de 0,20 euros, com taxas e impostos.
O regulador definiu também as tarifas de acesso à rede (TAR) para o próximo ano, que são pagas por todos os consumidores.
"No caso dos clientes baixa tensão normal (BTN), as tarifas de acesso às redes apresentarão em janeiro de 2026 um aumento, com uma variação média de 3%, em relação aos preços em vigor em dezembro de 2025", aponta o regulador.
Realça que as tarifas de acesso às redes beneficiam este ano da diminuição do diferencial de custos com a Produção em Regime Especial (PRG). Entre outros fatores, esta redução resulta da diminuição da produção prevista nesse regime para 2026, face a 2025, refletindo o fim de vários contratos de remuneração garantida.
Em contrapartida, os proveitos permitidos nas atividades de transporte e distribuição de energia elétrica aumentaram "devido ao forte incremento previsto nos investimentos nas infraestruturas de rede para o novo período de regulação 2026-2029 e ao aumento das taxas de remuneração dos ativos, que acompanha a evolução dos mercados financeiros".
Para os clientes do mercado liberalizado, a variação da fatura final dependerá das condições de cada fornecedor, combinando o efeito das tarifas de acesso, mas também da componente de energia adquirida por cada comercializador nos mercados grossistas ou através de contratos bilaterais com produtores, bem como dos custos com a comercialização.
A EDP, que detém a maior rede de distribuição em Portugal, com 228.000 quilómetros e serve mais de seis milhões de clientes, tem vindo a avisar que a remuneração das redes tem de aumentar, de forma a incentivar os investimentos em infraestruturas.
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