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IL quer liberalizar mercado de carregamento de carros elétricos e simplificar pagamentos

Para o utilizador final, a IL propõe que se simplifiquem os pagamentos, permitindo "carregamentos 'ad hoc', ou seja, sem necessidade de contratos prévios ou aplicações digitais, não discriminando utilizadores".

carregamentos carros elétricos
carregamentos carros elétricos Toby Melville/Reuters
22 de Janeiro de 2025 às 15:46

A IL apresentou esta quarta-feira um projeto de lei para liberalizar o mercado de carregamento de carros elétricos, com vista a multiplicar os postos, e tornar o pagamento mais simples, sem ser necessário aplicações digitais ou acesso à internet.

Numa nota explicativa deste projeto de lei, que deu hoje entrada no parlamento, a IL refere que a empresa pública Mobi.e detém atualmente o monopólio do mercado de carregamentos elétricos e defende que é preciso liberalizá-lo.

"O objetivo final desta proposta é fazer com que carregar um automóvel elétrico seja tão fácil como carregar um carro a combustível, impulsionando a criação de muitos mais postos de carregamento e possibilitando ao consumidor final o pagamento através de qualquer meio eletrónico, como cartões bancários normais", lê-se.

A IL propõe assim que se liberalize o regime jurídico da mobilidade elétrica em Portugal, "fomentando uma maior concorrência no setor, simplificação de processos e um mercado mais eficiente para os consumidores que impulsione o mercado da mobilidade elétrica e da transição energética".

"Caso a proposta passe na Assembleia da República, a IL acredita que o mercado será mais dinâmico, com melhores condições para operadores e utilizadores", refere-se.

Entre as medidas que constam neste diploma, a IL propõe que seja eliminada a obrigatoriedade de os operadores celebrarem um contrato prévio com um Comercializador de Energia para a Mobilidade Elétrica (CEME), de forma a garantir "a liberdade de instalação de postos de carregamento".

O partido defende também a "revogação da possibilidade de alargamento de concessões sem concurso público, especialmente nas autoestradas" e propõe que se criem mecanismos para garantir que esses concursos são transparentes na atribuição de direitos de exploração de pontos de carregamento.

Para o utilizador final, a IL propõe que se simplifiquem os pagamentos, permitindo "carregamentos 'ad hoc', ou seja, sem necessidade de contratos prévios ou aplicações digitais, não discriminando utilizadores".

Em concreto, a IL quer que passe a estar estipulado no regime jurídico da mobilidade elétrica que os operadores de pontos de carregamento têm o dever de "disponibilizar forma de pagamento 'ad hoc' em todos os pontos de carregamento por si operados, nomeadamente mas não limitado à afixação de códigos QR".

O partido sugere ainda que seja proibido descriminar entre "os preços 'ad hoc' cobrados aos utilizadores e os preços cobrados aos prestadores de serviços de mobilidade, nem entre os preços cobrados a diferentes prestadores de serviços de mobilidade".

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