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Sonae Indústria lucra 12,5 milhões no semestre (act.)

A Sonae Indústria SGPS registou resultados líquidos de 12,5 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, contra prejuízos de 39,8 milhões um ano antes, aumentando o EBITDA em 38%, para 104 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.

27 de Julho de 2004 às 10:08

A Sonae Indústria SGPS registou resultados líquidos de 12,5 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, contra prejuízos de 39,8 milhões um ano antes, aumentando o EBITDA em 38%, para 104 milhões de euros, anunciou hoje a empresa. Este valor corresponde a 13,2% do volume de negócios face a um nível de 10,1% em 2003.

Os resultados líquidos apresentaram melhorias de 52,3 milhões de euros, o que se traduziu num resultado de 12,5 milhões recuperando os prejuízos de 39,8 milhões registados no mesmo período do ano passado.

A companhia consolidou um volume de negócios de 788 milhões, mais 5%, tendo reduzido o endividamento líquido total consolidado em 70 milhões de euros, para 901,2 milhões.

Os resultados antes dos impostos aumentaram em 51,3 milhões de euros. Este crescimento reflecte uma variação positiva de 42,2 milhões de euros nos resultados operacionais, uma redução de 7,9 milhões de euros nos custos financeiros e um aumento de 6,5 milhões de euros nos resultados extraordinários, disse a mesma fonte em comunicado hoje enviado ao mercado.

A administração da Sonae Indústria defende que «desde Outubro de 2003 que os preços têm evoluído», apesar de, de acordo com a mesma fonte, o «preço médio consolidado do primeiro semestre esteja mais abaixo do valor registado no ano passado». Comparando os meses de Junho de 2003 e de 2004 verifica-se uma «evolução positiva».

O aumento da procura fez com que a utilização da capacidade crescesse para 92%, em termos consolidados. As fábricas de OBS e de aglomerado foram as que mais influenciaram este crescimento.

O negócio dos painéis derivados de madeira foi um dos impulsionadores dos resultados da Sonae Indústria SGPS, enquanto os resultados operacionais da Gescartão sofreram uma deterioração. Segundo a empresa os resultados da Gescartão «foram extremamente influenciados pela evolução negativa dos preços do papel ‘kraft’ na Europa», enquanto os preços médios de venda da Portucel Viana atingiram o nível mais baixo dos últimos dez anos.

Os resultados da Península Ibérica foram «positivos». Este mercado registou um aumento da procura tanto a nível interno, como a nível de exportações e verificou uma recuperação dos preços. O EBITDA, ou «cash-flow» operacional, aumentou em 26%, devido ao aumento de preços e da capacidade de utilização e à redução dos custos operacionais.

No sector dos painéis derivados de madeira registou-se uma melhoria em termos consolidados, apesar da França, do Reino Unido e do Brasil terem ficado aquém dos objectivos, acrescentou a mesma fonte. As justificações para os resultados abaixo do esperado no Reino Unido prendem-se com a utilização de madeira reciclada, o que originou alguns problemas.

O negócio no Brasil apresentou vendas inferiores ao crescimento do mercado, o que se deve por um lado ao aumento da capacidade instalada e às importações provenientes da Argentina, e por outro à descida das exportações justificada com «problemas logísticos nos portos e pelos custos especulativos dos transportes marítimos».

Em França o «cash-flow» operacional apresentou um crescimento «sólido», apesar de continuarem a existir problemas em algumas fábricas. O EBITDA atingiu 6,5 milhões, um crescimento de 71% ou 2,7 milhões de euros face ao ano anterior, impulsionado com o crescimento das vendas de 18%. O capital circulante reduziu-se a um nível recorde de 42 dias de vendas.

A contrariar a evolução nestes mercados, a Glunz, empresa alemã, registou pela primeira vez em dez anos resultados líquidos positivos. As vendas do primeiro semestre aumentaram 30%.

Na Península Ibérica, no Canadá e na África do Sul o crescimento foi superior aos resultados obtidos no ano passado.

No que toca a itens extraordinários, no primeiro semestre do corrente ano a Sonae fez uma transacção financeira com base em activos industriais, no montante de 18,5 milhões de euros e uma securitização da carteira de clientes até ao montante de 120 milhões de euros. Para além destas medidas a Sonae aprovou na última assembleia-geral o aumento de capital de 200 milhões de euros.

As acções da Sona Indústria [SONA] recuavam 1,9%, para 3,61 euros, enquanto as do grupo liderado por Belmiro de Azevedo [SON] avançavam 3,70%, para 0,84 euros.

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