O presidente do UBS terá discutido com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos da América uma possível transferência da sede do banco para o país, incentivando um rumor recorrente.

O gigante bancário tem uma disputa com o executivo suíço sobre o endurecimento das normas do setor, o que tem intensificado rumores de que poderia transferir-se para fora da Suíça caso as medidas fossem reforçadas.

O Financial Times noticia hoje, citado pela agência France-Presse (AFP), que o presidente do UBS, Colm Kelleher, terá tido reuniões com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nas quais a administração norte-americana mostrou abertura a acolher o banco.

O órgão de comunicação social especializado remete para três fontes informadas sobre estas conversas, que farão parte dos esforços de Kelleher "para pressionar o Governo suíço".

No início de abril, o Conselho Federal (governo) apresentou um projeto de endurecimento das regras aplicáveis aos bancos, numa altura em que a fusão dos dois maiores bancos do país criou um gigante na economia suíça.

Com esta fórmula, o UBS arrisca-se a ter de constituir uma almofada de liquidez adicional próxima de 26 mil milhões de dólares (22.400 milhões de euros) para poder cobrir eventuais riscos das filiais nos estrangeiros.

A AFP refere que o banco não quis comentar, mas que "quer continuar a operar com sucesso como banco global a partir da Suíça".

Em setembro, o New York Post já tinha noticiado uma reunião com representantes da atual administração dos EUA, liderada por Donald Trump, para uma possível transferência de sede, caso a Suíça se recusasse a flexibilizar a proposta.