“Tal como no ano anterior, em 2009, a actividade turística deverá registar variações inferiores às da economia”, escreve o INE, justificando o facto pela “maior exposição relativa” do sector à degradação da conjuntura económica internacional.

A queda antecipada pelo INE, ainda que expressiva, fica longe das projecções da Confederação do Turismo Português (CTP), que espera um “ano desastroso”, com quebra das receitas no turismo a oscilar entre "os 20 e 30%". José Carlos Pinto Coelho, presidente da CTP, tem inclusive pedido ao Governo medidas "agressivas", como a redução da taxa social única (TSU) e do IVA, para inverter a perda de competitividade.

"Portugal é neste momento pouco competitivo comparado com o resto do mundo e com o que estão a fazer em termos de turismo", afirmou no mês passado, no âmbito o 35º Congresso da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo "O que defendo é a redução da taxa social única, dos actuais 21%, para que as empresas que estão a produzir, consigam manter os empregos", a par de uma redução do IVA para 5%. Caso contrário, Pinto Coelho antecipa que muitas empresas não vão conseguir aguentar a "quebra drástica das receitas".