Case-studies

A cada duas semanas, um idioma desaparece da face da Terra. Pelo menos é isso que revelam as estatísticas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
José Miguel Dentinho 06 de Junho de 2012 às 09:00

Sete mil línguas em risco

Perda de línguas e culturas está ligada à diminuição da biodiversidade

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Recentemente, uma pesquisa da Universidade Penn State, nos Estados Unidos, e da Universidade de Oxford, no Reino Unido, revela a relação íntima entre a morte de línguas e a diminuição da biodiversidade.

O estudo diz que 70% dos idiomas do planeta são encontrados em áreas ricas em biodiversidade. E que à medida que esta se vai degradando, as línguas e culturas das populações humanas que habitam essas regiões também se vão extinguindo. "Estima-se que a diminuição anual de espécies seja mil vezes maior que as taxas históricas", revelam os investigadores no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Quanta vida há no mar?

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Estimativas apontam para a existência de mais de um milhão de espécies

Designado "Census da Vida Marinha", o esforço envolveu 2700 cientistas de mais de 80 nações, que participaram em 540 expedições em todo o mundo. Estudaram a superfície e sondaram as zonas mais escuras e profundas dos oceanos, exploraram as zonas geladas do árctico e antárctico e as regiões tropicais.

Quando o census terminou, foram acrescentadas 1200 espécies ao que se conhecia da vida marinha. Mas os cientistas continuam a trabalhar em volta de mais cinco mil especímenes para determinar se representam espécies conhecidas ou novas.

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As estimativas para o número final aumentaram após o estudo e apontam agora para 250 mil, não incluindo alguns microrganismos como as viroses marinhas. No relatório final a equipa aponta para a existência de mais de um milhão de espécies no mar.

Países ricos têm mais impacto

Mas a descida de biodiversidade é mais acentuada nas nações pobres

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Para poder reduzir o impacto do padrão de consumo na Terra, é necessário diminuir drasticamente o uso de combustíveis fósseis e substitui-los por energias renováveis, diminuir o consumo de água, produzir mais eficientemente, tentar comprar produtos que sejam fabricados ou criados de forma sustentável e acabar com os subsídios, sugere o WWF.

Pesca industrial em causa

Peritos consideram urgente uma moratória sobre o Oceano Árctico para limitar a pesca

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Numa carta aberta assinada por 551 cientistas canadianos e 1500 outros de mais 67 países, investigadores fizeram um apelo aos governos do Canadá, Rússia, Estados Unidos, Noruega e Dinamarca para desenvolverem um acordo de pesca internacional que evite o dizimar de espécies potencialmente lucrativas, como o bacalhau, antes de se saber o suficiente sobre as suas populações.

"Os cientistas reconheceram a necessidade de um acordo que proíba a pesca comercial antes de serem estabelecidas regras", disse Henry Huntington, director científico para o Ártico do grupo norte-americano, Pew Environment Group, que organizou o apelo científico global. Acrescentou que não há margem para o erro numa região onde o gelo a derreter está a mudar rapidamente o ecossistema marinho.

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