Capwatt dos Azevedo vende projetos solares na estreia ibérica de 100 milhões de fundo britânico
A Capwatt, empresa de soluções energéticas sustentáveis do grupo Prismore Capital (antiga Sonae Capital Industrials), que é detida pela Efanor, “holding” da família de Belmiro de Azevedo, firmou uma parceria com a londrina Sustainable Development Capital LLP (SDCL), a cujo fundo vendeu projetos de energia solar que vai continuar a gerir.
No quadro deste acordo, a Capwatt vendeu um portefólio solar “behind-the-meter” de 68 MW na Península Ibérica ao fundo Global Energy Transition Fund (GETF) gerido pela SDCL, o qual integra ativos já operacionais, em construção e em desenvolvimento para os setores comercial e industrial, revela a subsidiária da Prismore Capital, em comunicado
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“A Capwatt manterá um papel estratégico como ‘developer’, operador e gestor dos ativos alienados”, sublinha a empresa.
Os projetos envolvem setores como a indústria transformadora, o agroalimentar ou as embalagens e materiais de construção, “estando suportados por contratos de compra de energia de longo prazo”, realça a Capwatt, sem adiantar o valor da transação.
Trata-se do primeiro investimento do GETF no mercado solar ibérico, “com o objetivo de expandir a sua plataforma de energia solar comercial e industrial, prevendo investir mais de 100 milhões de euros ao longo do próximo ano”, aponta a Capwatt, que considera que esta transação “proporciona também ao GETF uma exposição imediata a ativos de elevado retorno e de elevada relevância estratégica num mercado-chave da transição energética europeia”.
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Para Miguel Gil Mata, CEO da Prismore Capital, esta parceria “representa um marco estratégico no percurso de crescimento da Capwatt, reforçando a sua posição como um dos principais ‘developers’ de soluções de energia sustentável na Península Ibérica”.
“O investimento da SDCL demonstra uma forte confiança na qualidade e no valor de longo prazo dos seus projetos, bem como na capacidade da Capwatt para desenvolver e gerir ativos de elevado desempenho que impulsionam a transição energética”, defende Miguel Gil Mata, sustentando que este acordo “estabelece ainda as bases para uma parceria de longo prazo que acelerará a implementação de soluções de energia sustentável em toda a região”.
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Já Jonathan Maxwell, CEO da SDCL, afirma que “esta parceria com a Capwatt numa transação tão relevante dará ao GETF uma excelente exposição a um dos principais mercados de transição energética da Europa”, tendo o fundo já comprometido 75% dos 650 milhões de euros angariados – no fecho final em outubro de 2023 – em projetos e empresas de infraestruturas energéticas.
“A dimensão do portefólio demonstra as fortes oportunidades para soluções de eficiência energética nos setores comercial e industrial no sul da Europa, e estamos ansiosos por expandir a nossa plataforma na região”, remata Maxwell.
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A Capwatt está presente em Portugal, México, Espanha, Itália e Polónia, e gere “um vasto portefólio” de projetos de energia solar, eólica, armazenamento de energia, cogeração, metanol verde e biometano.
Destaque para o investimento de aproximadamente 20 milhões de euros que a Capwatt está a fazer neste momento na construção em Aljustrel daquela que será a primeira unidade em Portugal de produção de biometano a partir de subprodutos agroindustriais, neste caso da fileira do azeite, que irá gerar 57 GWh/ano de gás natural de origem renovável.
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