ERSE abre a porta à descida do custo de carregar carros elétricos
Regulador propõe uma redução na tarifa da entidade gestora da rede. Corte de mais de 30% deverá permitir baixar os custos de carregamento de carros elétricos em postos públicos.
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Carregar um automóvel elétrico poderá ficar mais barato no próximo ano. A ERSE decidiu rever em baixa a tarifa aplicada pela Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica (EGME), que se repercute nos preços pagos pelos consumidores. A redução proposta deverá permitir poupanças tanto nos carregamentos nos postos normais como nos rápidos, mas limitadas.
“Para o ano de 2026, a ERSE propõe uma redução de 31,9% dos preços das tarifas aplicáveis aos comercializadores de eletricidade para a mobilidade elétrica (CEME) e aos operadores de ponto de carregamento (OPC) e uma redução de 31,5% para os preços das tarifas aplicáveis aos detentores de pontos de carregamento (DPC), face às tarifas praticadas no ano 2025”, refere o regulador.
A ERSE explica que as tarifas da EGME fazem parte dos custos incorridos por CEME, OPC e DPC, que garantem o carregamento de veículos elétricos na rede de mobilidade elétrica, pelo que contribuem para o preço final pago pelos Utilizadores de Veículo Elétrico (UVE) ao realizarem carregamentos na rede de mobilidade elétrica”.
Esta tarifa tem, contudo, um peso reduzido no valor final a pagar pelos consumidores, o que faz com que o impacto seja reduzido. “Representam um peso entre 3% e 4% do preço final pago pelos UVE em 2025”, nota o regulador em comunicado emitido no mesmo dia em que propôs a subida de 1% na tarifa regulada de eletricidade.
A título de exemplo, a ERSE faz contas aos “custos por distância percorrida de um carregamento-tipo de 11,5 kWh/carregamento na rede de mobilidade elétrica”. Num posto de carregamento normal, o custo de percorrer 100 quilómetros será de 7,40 euros, sendo de 9,78 euros caso a opção seja de carregar num posto rápido.
“No exemplo apresentado a variação das tarifas da EGME permite uma redução de 0,13 euros por cada 100 quilómetros, face a 2025”, sublinha a entidade liderada por Pedro Verdelho.
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