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Polopiqué com dívidas de 66 milhões põe “anéis” de falidas em leilão por 2 milhões

Os equipamentos das insolventes Polopiqué II – Tecidos e Cottonsmille Confeções, que foram fechadas pelo grupo têxtil em Processo Especial de Revitalização (PER), vão ser alvo de um leilão presencial agendado para a próxima sexta-feira, 5 de dezembro.

11:41

Em setembro, o universo têxtil minhoto Polopiqué, com dívidas de 66,5 milhões de euros, assume que está em colapso financeiro, aderindo ao Processo Especial de Revitalização (PER) para negociar com os credores um plano de recuperação do grupo, que tem fábrica espalhadas por Guimarães, Fafe, Vizela e Famalicão, dando emprego a cerca de 800 pessoas.

No âmbito do processo profundo de reestruturação do grupo, a Polopiqué decidiu avançar imediatamente com a insolvência das suas unidades de tecidos e de confeção – respetivamente, a Polopiqué II, com créditos reconhecidos de 20,8 milhões de euros, e a Cottonsmille, que fechou com dívidas de 3,9 milhões de euros.

Quer a Polopiqué II Tecidos, situada em Moreira de Cónegos, quer a Cottonsmille Confecções, de Caldas de Vizela, vinham acumulando prejuízos nos últimos exercícios – em 2023, a primeira registou prejuízos de 1,6 milhões de euros e a sua “irmã” mais de um milhão de euros.

Em sede de liquidação, os ativos de ambas as insolventes, que é composto por equipamentos para a indústria têxtil, vão agora ser colocados em leilão presencial, que está marcado para a próxima sexta-feira, 5 de dezembro, e terá lugar numa unidade hoteleira de Guimarães.

Os ativos móveis da Polopiqué II – Tecidos, S.A. vão à praça com um valor base de 2.311.790 euros, enquanto os da Cottonsmille – Confecções Unipessoal, Lda. serão leiloados por um total base de 48.230 euros, avança a leiloeira Leilosoc, em comunicado.

Dos equipamentos em leilão destacam-se “teares jacquard, retos e de ensaio”, assim como máquinas de “paletizar, comprimir cones, tingir e secar fio, encher carretos, atar teias, abrir e fazer cargas, costura, agrupar etiquetas, ponto corrido, pregar botões, camisas e colarinhos, corte a laser”.

Estarão também em leilão “bobinadores, ajuntadeiras, retorcedores, balança de plataforma, bobinadeiras, prensa de termocolagem, bicos de patos, urdideiras, engomadeiras, stacker, remetedeiras, carros de suporte teias, stock, centrais de ar comprimido, sistemas posileno, central fotovoltaica e caldeiras”.

Em termos globais, a Polopiqué apresentou-se a PER com dívidas de 66,5 milhões de euros a 420 credores, com o grupo espanhol Inditex a surgir como a segunda maior credora do grupo português, estando em causa contratos de adiantamento de 12,6 milhões de euros.

À cabeça da lista de credores está o BCP, com 14,2 milhões de euros, enquanto a Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem 6,5 milhões de euros reconhecidos pelo gestor judicial.

(Notícia atualizada às 11:48)

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