Petróleo no centro das atenções: preços sobem após ataques à Rússia
Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quinta-feira.
Petróleo valoriza com ataques a oleoduto na Rússia. Fitch reduz previsões para preços do crude
Os preços do petróleo negoceiam com ganhos esta manhã, depois de ataques ucranianos a infraestruturas energéticas russas sinalizarem possíveis restrições ao abastecimento de crude, à medida que a paralisação das negociações em curso para pôr fim à guerra na Ucrânia estão a moderar as expectativas de um acordo para restaurar o fluxo de exportações de petróleo russo para os mercados globais.
O WTI - de referência para os EUA – valoriza 0,44% para os 59,21 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a avançar 0,30% para os 62,86 dólares por barril.
A Ucrânia atingiu o oleoduto Druzhba na região central de Tambov, na Rússia, de acordo com uma fonte de informação militar ucraniana citada pela Reuters. Mais tarde, a operadora do oleoduto afirmou que o abastecimento estava a decorrer normalmente através da infraestrutura de transporte de ”ouro negro".
“A campanha de drones da Ucrânia contra a infraestrutura de refinação russa passou para uma fase mais sustentada e estrategicamente coordenada”, avançou à agência de notícias a consultora Kpler através de um relatório.
“Isto fez com que a produção russa caísse para cerca de cinco milhões de barris por dia entre setembro e novembro, um declínio de 335 mil barris por dia em relação ao ano anterior, com a gasolina a ser a mais afetada e a produção de gasóleo também significativamente mais fraca”, acrescentou o relatório.
A perceção de que o progresso num plano de paz para a Ucrânia estava a estagnar também sustentou os preços, depois de os representantes do Presidente dos EUA, Donald Trump, terem saído das negociações para um acordo de cessar-fogo com o Kremlin sem avanços tangíveis. Trump afirmou que não era claro o que iria acontecer agora.
“O petróleo bruto provavelmente permanecerá preso numa faixa estreita enquanto os esforços de paz na Ucrânia continuam”, disse à Reuters Vandana Hari, da Vanda Insights, empresa de análise do mercado petrolífero.
Os ataques ucranianos a elementos e infraestruturas energéticas russas levou mesmo a Turquia a alertar para a ameaça ao transporte de petróleo e gás no mar Negro.
Noutro ponto, nesta quinta-feira, a Fitch Ratings reduziu as suas previsões para os preços do petróleo para 2025-2027, de modo a refletir o excesso de oferta no mercado e o crescimento da produção, que se prevê que ultrapasse a procura.
Ásia fecha em alta com Japão a liderar ganhos. Dados dos EUA impulsionam ações
Os principais índices asiáticos fecharam a sessão desta quinta-feira em alta, com o Japão a liderar os ganhos entre os principais mercados bolsistas, entre sinais de que a recuperação global das ações está a ganhar força na reta final do ano. Os futuros do Euro Stoxx 50 avançam cerca de 0,70% a esta hora, apontando para uma abertura das praças do Velho Continente em alta.
Pelo Japão, o Nikkei pulou 2,33% e o Topix somou 1,92%. O sul-coreano Kospi cedeu 0,19%, depois de ter registado fortes ganhos nas últimas sessões, e o índice de referência de Taiwan subiu ligeiros 0,0096%. Já pela China, o Hang Seng de Hong Kong valorizou 0,56% e o Shanghai Composite caiu 0,057%.
O índice regional MSCI Ásia-Pacífico subiu mais de 0,70%, fixando o seu melhor dia em cerca de uma semana, com setores como o industrial e o financeiro entre os que mais contribuíram para os ganhos.
Dados divulgados na quarta-feira mostraram que as empresas americanas reduziram o número de empregados em novembro pela primeira vez desde o início de 2023, reforçando as preocupações com um enfraquecimento mais pronunciado do mercado de trabalho. Nesta linha, os dados reforçaram as apostas dos investidores de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana irá avançar com uma nova flexibilização da política monetária na sua reunião deste mês. Os mercados atribuem agora uma probabilidade de mais de 90% de a Fed vir a reduzir os juros em 25 pontos-base este mês.
“O alívio com os dados de emprego da ADP de novembro nos EUA e as crescentes esperanças de uma redução das taxas pela Fed na próxima semana parecem estar a contribuir para um melhor sentimento”, disse à Bloomberg Homin Lee, da Lombard Odier Singapore.
O comércio e a geopolítica também estão a centrar as atenções dos investidores, com o encontro de hoje entre o Presidente francês Emmanuel Macron e o líder chinês Xi Jinping em Pequim, onde se espera que ambos discutam uma série de temas, incluindo laços económicos, tensões comerciais, Taiwan e a guerra na Ucrânia. O secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick, disse que os EUA esperam um grande compromisso de investimento por parte de Taiwan nas negociações comerciais entre estes dois países.
Entre os movimentos do mercado, as empresas de mineração asiáticas acompanharam a alta do cobre, já que um aumento nos pedidos para retirar o metal dos armazéns da London Metal Exchange agravou as preocupações de que as possíveis tarifas dos EUA sobre este metal possam alimentar uma redução na oferta global. O Zijin Mining Group, por exemplo, ganhou mais de 2%, enquanto a Jiangxi Copper avançou 1,58%.
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