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Moçambique exige à Galp "pelo menos" 150 milhões de euros em impostos

Um dia após a petrolífera ter indicado que iria avançar para um tribunal internacional no litígio com o Estado moçambicano sobre a tributação de mais-valias, o Fisco do país africano alega que a empresa deve 175,9 milhões de dólares.

Galp contesta exigência de Moçambique após venda de ativos de gás natural
Galp contesta exigência de Moçambique após venda de ativos de gás natural DR
13:55

O Fisco moçambicano diz que a Galp tem em dívida 175,9 milhões de dólares (150,1 milhões de euros ao câmbio atual) de impostos relativos a mais-valias realizadas com  a venda de uma participação em projetos de gás natural no país, noticia a Bloomberg citando um comunicado recebido.

Segundo a autoridade tributária moçambicana, a fatura de impostos em dívida pela Galp ascende a 175,9 milhões de dólares mas o valor "ainda pode aumentar".

A posição do Fisco do país africano surge um dia após a petrolífera portuguesa ter revelado que iria levar a um tribunal internacional o litígio referente à tributação de mais-valias.

A Galp revelou terça-feira que "face a uma divergência, não resolvida até ao presente, quanto à tributação de mais-valias relativa ao processo de alienação da participação na Área 4 da Bacia do Rovuma, a Galp informa, ainda, que notificou formalmente o Estado de Moçambique sobre a existência de um diferendo, ao abrigo de acordos sobre a promoção e proteção recíproca internacional de investimentos. A carta remetida para o efeito abre a possibilidade para um período de discussão entre a Galp e o Estado Moçambicano tendo em vista a resolução do diferendo previamente a um processo de arbitragem internacional destinado a proteger os investimentos realizados pela Galp em Moçambique".

"A Galp tem demonstrado total disponibilidade para cumprir com todas as obrigações fiscais e para encontrar uma via de entendimento. O recurso a mecanismos legais, nacionais e internacionais, é um passo que a empresa se vê obrigada a dar, mas que sempre procurou evitar, privilegiando um diálogo construtivo com as autoridades moçambicanas com vista ao esclarecimento do assunto", reforçou.

"A empresa entende, contudo, que não pode ser exigido o pagamento de impostos sem fundamento na legislação aplicável", concluiu.

Em março deste ano, a Galp concluiu a venda à XRG, subsidiária da ADNOC, dos Emirados Árabes Unidos, dos seus ativos de gás natural na Área 4, em Moçambique. Na altura, a empresa portuguesa embolsou 881 milhões de dólares, aos quais acresceriam os 100 milhões agora confirmados e ainda 400 milhões de dólares referentes ao projeto de Rovuma, ainda pendentes da decisão final de investimento.

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