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Repsol estuda "spin-off" da unidade de produção para futura fusão

A petrolígera espanhola quer trazer maior liquidez para o seu negócio de "upstream" e cotar a empresa em Wall Street. Para isso, está a estudar uma fusão com a norte-americana APA Corporation.

A Repsol está a estudar uma fusão com a norte-americana APA Corporation.
A Repsol está a estudar uma fusão com a norte-americana APA Corporation. Bruno Colaço
20:05

A petrolífera espanhola Repsol estará a estudar um "spin-off" da sua unidade de exploração e produção de petróleo para depois proceder com uma fusão com a energética norte-americana APA Corporation, anteriormente conhecida por Apache. A notícia está a ser avançada pela agência financeira Bloomberg, que cita fontes com conhecimento do processo. 

As negociações ainda estarão numa fase inicial e a Repsol tem debaixo de olho outras possíveis parcerias, numa altura em que quer avançar com planos de colocar a sua unidade de "upstream" na bolsa nova-iorquina. Em 2022, a petrolífera espanhola já tinha vendido 25% deste negócio à empresa de "private equity" EIG Global Energy Partners, num acordo que avaliou a unidade em cerca de 19 mil milhões de dólares - incluíndo dívida. 

No mês passado, em conversa com analistas após a apresentação dos resultados do terceiro trimestre, o CEO da empresa já tinha apontado para este caminho. Josu Jon Imaz afirmou que a Repsol está a considerar opções para trazer maior liquidez para o negócio, o que poderia incluir uma oferta pública inicial, um novo investidor privado ou o lançamento de um "spin-off" da unidade para futura fusão. 

Embora todas as opções continuem em cima da mesa, a Repsol parece estar inclinada para a última, de acordo com o que as mesmas fontes disseram à Bloomberg. No terceiro trimestre do ano, a unidade de "upstream" da petrolífera produziu 551 mil barris de crude por dia, operando numa série de países como o Brasil, os EUA e o México. 

Nos primeiros nove meses do ano, os lucros da Repsol caíram 34,3% para 1.177 milhões de euros, quando comparado com o período homólogo. A empresa referiu que estes resultados foram alcançados num ambiente marcado pela contínua volatilidade do mercado, incerteza geopolítica e preocupações com o excesso de oferta de petróleo.

Já a APA concentra a grande parte das suas operações de extração de crude em território norte-americano, nomeadamente na Bacia do Permiano e no Golfo do México. A produção de petróleo representa mais de metade das operações da empresa, embora também tenha uma grande pegada no gás natural. 

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