Akzo rejeita terceira oferta da PPG para criar gigante das tintas

Depois de nova rejeição, a companhia norte-americana tem agora que escolher entre avançar com uma oferta hostil ou deixar cair a proposta.
Reuters
Nuno Carregueiro e Paulo Zacarias Gomes 08 de Maio de 2017 às 08:27

À terceira oferta de aquisição, a gestão da Akzo voltou a dizer não. A administração da holandesa rejeitou a oferta de 26,9 mil milhões de euros que a norte-americana PPG colocou em cima da mesa.

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"A proposta da PPG desvaloriza a Akzo Nobel, contém riscos significativos e incertezas, não assume nenhum compromisso com os ‘stakeholders" e demonstra uma falta de entendimento da nossa cultura", afirmou em comunicado o CEO da empresa holandesa, Ton Buchner, citado pelo Financial Times.

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Esta era já a terceira oferta da PPG, que tem como objectivo criar um líder mundial no sector das tintas, avaliado em 130 mil milhões de dólares.

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Dos 22,4 mil milhões de euros que a companhia tinha oferecido a 22 de Março, a PPG avançou depois com proposta de 24,6 mil milhões de euros em dinheiro e acções. Isto depois da oferta inicial de 20,9 mil milhões de euros no início de Março.

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O negócio agora proposto passa por oferecer 61,5 euros por acção e a entrega de 0,357 acções da PPG por cada uma da Akzo Nobel detida pelos investidores, o que avalia a transacção em "aproximadamente 26,9 mil milhões de euros."

 

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"Estamos a fazer-vos um último convite, bem como à administração da Akzo Nobel, para repensarem a posição e articularem-se connosco na criação de valor extraordinário e em benefícios para todas as partes interessadas na Akzo Nobel," lê-se na carta enviada a 24 de Abril à Akzo pelo CEO da PPG, Michael McGarry.

 

Contudo, as consecutivas melhorias na oferta não foram suficientes, apesar de vários accionistas relevantes da Akzo terem solicitado à administração da empresa que se sentasse à mesa das negociações com a rival norte-americana. Os trabalhadores e o Governo holandês estão ao lado da gestão.

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De acordo com a lei holandesa, a PPG tem agora até 1 de Junho para fazer uma oferta vinculativa, ou então deixar cair a proposta. Os mercados não estão a atribuir uma probabilidade forte de a oferta vir a ter sucesso, já que as acções da Akzo negoceiam bem abaixo do preço que a PPG colocou em cima da mesa.

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