Cigarros ilícitos perdem chama em Portugal, mas ainda "queimam" 42 milhões em receita fiscal
O consumo de cigarros ilícitos atingiu 38,9 mil milhões em 2024 na União Europeia - o valor mais elevado desde 2015 - com perdas estimadas de até 14,9 mil milhões de euros em receitas fiscais, num "contexto de forte pressão económica", revela o estudo, elaborado anualmente pela consultora KPMG sobre o comércio ilícito de produtos de tabaco, a pedido da Philip Morris International (PMI), dona da Taqueira, que produz marcas como SG, Português, Marlboro, L&M e Chesterfield.
Segundo o relatório da KPMG de 2024, foram consumidos 38,9 mil milhões de cigarros ilícitos, um aumento de 10,8% face a 2023, representando 9,2% do total consumido no bloco dos 27.
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Já Portugal surge em contraciclo, já que em 2024 o consumo ilícito representou apenas 2,4% do total de cigarros consumidos no país - uma das taxas mais baixas da União Europeia - um valor que se tem mantido estável nos últimos anos".
À luz dos dados constantes do relatório, enviados esta quinta-feira às redações, foram consumidos cerca de 200 milhões de cigarros de origem ilícita em Portugal, o que corresponde a uma perda fiscal estimada de 42 milhões de euros - menos 2 milhões face a 2023 e menos 71 milhões em relação a 2021.
"Portugal continua a destacar-se no panorama europeu pelo sucesso no combate ao comércio ilícito, posicionando-se entre os países de referência", refere, apontando que "este desempenho positivo resulta de um enquadramento fiscal equilibrado e de uma cooperação eficaz com as forças de segurança, que têm contribuído para manter o comércio ilícito em níveis residuais".
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