“Joint venture” da família Azevedo com chilenos investe 13 milhões na madeira em cascata
Detida em 50% pela chilena Arauco e outros 50% pela Efanor, "holding" da família de Belmiro de Azevedo, a Sonae Arauco fatura perto de 900 milhões de euros, vendendo os seus produtos em 70 países, emprega cerca de 2.600 pessoas em nove países (Portugal, Espanha, Alemanha, África do Sul, Reino Unido, França, Holanda, Suíça e Marrocos), 800 das quais no nosso país, e opera 23 unidades industriais e comerciais.
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A Sonae Arauco, que é uma das maiores empresas mundiais de soluções derivadas de madeira, afiança que tem na reciclagem a base do seu modelo de negócio de bioeconomia circular, dizendo-se pautar pelo princípio da utilização da madeira em cascata, um conceito que promove a sua reutilização o maior número de vezes possível, reciclando-a e reintegrando-a nos processos de produção.
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Esta sexta-feira, 16 de maio, Dia Mundial de Reciclagem, a Sonae Arauco anuncia que os seus 12 centros de reciclagem (três em Portugal e nove em Espanha) foram responsáveis pela recuperação de 282 toneladas de madeira – mais 12% do que no ano anterior -, "o equivalente a cerca de 2,4 milhões de arvores", realça a empresa, em comunicado.
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A companhia luso-chilena assegura que em 2024 incorporou 809 toneladas de madeira, aumentando de 31% (em 2023) para 33% o nível de incorporação global em todo o seu portefólio.
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"Este é um indicador de extrema relevância pois compara muito favoravelmente com a média de 25% da indústria europeia de painéis derivados de madeira", enfatiza, garantindo que, "em algumas gamas de produto, a Sonae Arauco assegura uma integração de madeira reciclada superior a 70%, estando a desenvolver projetos para alcançar um grau de integração superior a 75% em algumas geografias já no final de 2025".
É neste âmbito que a Sonae Arauco revela que tem em curso um investimento de cerca de 13 milhões de euros para assegurar os seus objetivos de integrar mais madeira reciclada.
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Para além das melhorias tecnológicas nos centros de reciclagem e nas unidades industriais e da construção de dois novos centros em Portugal, no Minho e em Lisboa, a empresa avança que está a desenvolver "tecnologias inovadoras para possibilitar, pela primeira vez em escala industrial, a incorporação de fibras de madeira recicladas em soluções MDF", sublinhando o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a inovação do setor.
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Simultaneamente, a empresa diz que continua "a avaliar outras oportunidades de crescimento na Europa, assim como novos investimentos nesta área".
"A integração de madeira reciclada nos produtos da Sonae Arauco é uma componente vital da atividade da empresa, que se pauta pelo princípio de utilização da madeira em cascata", afirma Nuno Calado, wood regulation & sustainability manager da Sonae Arauco.
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"Desde a matéria-prima de origem sustentável à incorporação de subprodutos da indústria da madeira, até fecharmos o ciclo com a reutilização e reciclagem dos resíduos no fabrico de painéis derivados de madeira, mantemos em circulação um material cada vez mais escasso e com propriedades distintivas na retenção de dióxido de carbono", sustenta o mesmo gestor, sinalizando "o compromisso da Sonae Arauco de, até 2029, aumentar a incorporação de madeira reciclada em 9,3 pontos percentuais".
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