Avianense triplica produção de chocolates em Barcelos
Dez anos após ser recuperada da falência, a mais antiga fabricante portuguesa de chocolates prevê atingir, pela primeira vez, receitas de um milhão de euros no fecho de 2015.
A Avianense investiu perto de 1,5 milhões de euros numa nova fábrica com capacidade para "triplicar a produção" actual, que ronda os 300 quilos de chocolate por dia. As novas instalações, que incluem um museu interactivo, vão ser inauguradas este sábado, 28 de Novembro, em Barcelos.
Uma década após retomar o fabrico dos chocolates nas instalações de uma fábrica de confecções, a centenária marca que tem como "ex-líbris" e produto mais vendido o bombom Imperador prepara-se para fechar o ano de 2015 com uma facturação que, "pela primeira vez, deverá atingir um milhão de euros", estimou a empresa liderada por Luciano Costa (na foto).
Foi este empresário – teve um talho, passou pelo ramo imobiliário e enriqueceu no sector têxtil – que em 2004 comprou a marca, os equipamentos e a frota da Avianense por cerca de 150 mil euros. A falência da sociedade Lima e Limas, que a administrava e empregava 48 pessoas, tinha sido decretada pelo Tribunal Judicial de Viana do Castelo devido a dívidas acumuladas de 2,2 milhões de euros, metade das quais ao Estado, o maior credor, relativas a IRS, IVA e Segurança Social.
O negócio de Luciano Costa, a quem já poucos chamam "tolo" como na altura em que decidiu investir neste ramo, emprega actualmente 15 pessoas na freguesia de Durrães, no concelho de Barcelos. Com exportação para os países africanos de língua portuguesa e Estados Unidos, entre outros mercados, o empresário minhoto ambiciona "consolidar a presença" no mercado doméstico e prosseguir a internacionalização, "nomeadamente para a China".
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