A Renova entrou na Noruega e na Alemanha à boleia de uma nova gama de papel, criada a partir de roupa reciclada. 

Em comunicado, enviado às redações, a empresa indica que o produto, descrito como "premium", denominado TextilPapier, disponível em papel higiénico e rolos de cozinha, é "criado a partir de têxtil fashion reciclado, combinado com outras fibras naturais".

Além de estar acessível já nos mercados habituais da marca, a Renova revela que a sua "mais recente inovação" permitiu "chegar às prateleiras de novos, como Noruega e Alemanha, através de cadeias de referência com milhares de lojas".

"Apenas 1% de todas as roupas usadas são recicladas — o restante 99% acaba em aterros ou é incinerado", refere a marca portuguesa para apontar que "a mudança já começou", designadamente em França que aprovou recentemente uma lei que prevê um sistema de penalizações sobre os produtos de 'fast-fashion'.

"É neste contexto que o Renova TextilPapier faz a diferença, ao dar uma nova vida a materiais que, de outra forma, seriam desperdiçados, contribuindo ativamente para a economia circular", reforça.

A Renova fechou 2023 com receitas de 248 milhões de euros, ou seja mais 15% face ao ano anterior, dos quais quase 60% provenientes da exportação. A marca portuguesa, com o slogan "o papel mais sexy do planeta", que está em mais de 70 mercados nos cinco continentes, apresentou lucros na ordem dos 20,5 milhões de euros e empregava cerca de 750 trabalhadores.

A Renova possui duas unidades industriais no concelho de Torres Novas (Portugal) uma Saint Yorre (França), assim como uma operação de subcontratação industrial no México.