Magnata de media italiano trava batalha com filhos para recuperar negócio
No domingo, Carlo De Benedetti, de 84 anos, fez uma oferta para comprar 30% da GEDI Gruppo Editoriale, que controla jornais como o La Repubblica e o La Stampa.
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De Benedetti fundou a empresa há mais de quatro décadas e transferiu a sua participação maioritária aos filhos Marco, Rodolfo e Eduardo em 2012, depois de se afastar dos negócios. Quando a circulação começou a diminuir nos últimos anos, De Benedetti passou a repreender os filhos por gerirem mal os negócios.
A sua oferta de aquisição hostil de 38 milhões de euros visa "relançar o grupo ao qual fui associado durante a maior parte da minha vida", disse De Benedetti em carta citada pela agência de notícias Ansa.
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Os filhos rejeitaram categoricamente a oferta, e Rodolfo De Benedetti disse que estava "chocado" com a medida tomada pelo pai, segundo a Ansa.
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As ações da empresa perderam cerca de 75% do valor nos últimos quatro anos. De Benedetti fez a oferta de 25 cêntimos por ação através da sua holding Romed SpA.
A empresa juntou as operações com a divisão de media da Fiat Chrysler Automobiles em 2016. A parceria não conseguiu reanimar o negócio e, no ano passado, a empresa rejeitou uma oferta de aquisição de outro empresário de peso italiano, o ex-presidente da Telecom Italia Flavio Cattaneo, de acordo com pessoas próximas do assunto.
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Rodolfo De Benedetti é presidente do conselho da CIR, a holding familiar que detém quase 44% da GEDI, enquanto Marco é presidente do conselho da GEDI e, desde 2015, é co-diretor para a Europa no Carlyle, empresa de private equity dos EUA.
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A longa carreira de Carlo De Benedetti incluiu o posto de CEO da Fiat em 1976. Deixou o cargo menos de quatro meses depois, após um desentendimento sobre a estratégia com a família Agnelli, controladora da fabricante automóvel.
(Texto original: Italian Media Mogul De Benedetti Goes to War With His Sons)
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