Processo com Prisa deixa Cofina SGPS com prejuízos de dois milhões
A Cofina SGPS, que deteve o Negócios até ao ano passado, fechou 2023 com um prejuízo de 2,1 milhões de euros, de acordo com o relatório e contas enviado à CMVM.
Estes resultados, de acordo com o documento, foram penalizados pelo processo arbitral que envolveu a Cofina SGPS e a Prisa. O diferendo, que teve início em abril de 2020, terminou com o Tribunal Arbitral a determinar o pagamento de 10 milhões de euros à empresa espanhola.
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Em causa estão as negociações falhadas de 2019 e 2020 para a compra da Media Capital. O dinheiro que tinha sido adiantado (10 milhões de euros) terá de ser devolvido, mas, segundo a deliberação, a Cofina SGPS não tem de pagar os 87,4 milhões que a Prisa reclamava pelos danos que diz ter sofrido.
Sobre este processo, que obrigou a Cofina a registar imparidades, a empresa afirma no documento enviado à CMVM que "ainda está a analisar, em conjunto com os seus assessores legais, o extenso acórdão de que foi notificada, pelo que a esta data não está em condições de informar sobre a sua eventual reação ao mesmo na parte em que este lhe foi desfavorável". No total, as imparidades registadas ascendem a 13 milhões de euros.
Cofina Media com resultado positivo
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O grupo que deteve até ao ano passado o Negócios, o Correio da Manhã, a CMTV, o Record e a Sábado, entre outros títulos, informa ainda que a concretização da venda da Cofina Media S.A. (agora Medialivre) a um consórcio de investidores permitiu a obtenção de uma mais-valia de 8 milhões de euros.
A este valor juntam-se ainda os cerca de 4 milhões de euros que decorrem da atividade de media obtidos até ao momento da transação. Ou seja, os títulos que agora estão sob a nova marca Medialivre geraram, após a venda, um resultado positivo total de 11,9 milhões de euros, mais 7,9% do que os 11 milhões de 2022.
Este último valor foi revisto em alta face aos 10,5 milhões que tinham sido anunciados há um ano.
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No total de todas as atividades (as que permanecem no grupo e as que foram descontinuadas), o ativo no final do ano atingiu os 68,3 milhões de euros, enquanto o passivo ficou nos 13,4 milhões. Os capitais próprios ascenderam, por isso, aos 54,9 milhões de euros.
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