Europa anuncia seis novas Fábricas de IA. Portugal fora da lista
A Iniciativa EuroHPC anunciou que seis países foram escolhidos para a instalação das novas Fábricas de IA no continente nos próximos anos. Entre os selecionados estão a República Checa, Lituânia, Países Baixos, Polónia, Roménia e Espanha.
O investimento ascende a 500 milhões de euros por parte dos Estados-membros e União Europeia, mas vai permitir reforçar o papel que estes seis países estão a fazer para implementar o plano de inteligência artificial em ação e posicionar o Velho Continente como o "Continente da IA".
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"As recém selecionadas Fábricas de IA vão juntar-se aos 13 locais previamente escolhidos, formando uma rede interconectada de 'hubs' de IA prontos para impulsionar a inovação em toda a Europa", indica a iniciativa.
A nova fábrica em Espanha "incluirá uma plataforma experimental que servirá como infraestrutura de ponta para desenvolver e testar modelos e aplicações de IA inovadores, além de promover a colaboração de toda a Europa".
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Cada uma destas fábricas vai atuar como um balcão a nível nacional, oferecendo às startups, PME, indústria e investigadores apoio para o desenvolvimento das suas soluções.
"Esta expansão fortalece a posição da Europa como líder global em inteligência artificial e garante que soluções de IA possam ser desenvolvidas, testadas e dimensionadas dentro de um ecossistema europeu digitalmente soberano", acrescenta a EuroHPC.
À semelhança das outras fábricas, estas novas instalações concentradas na Europa de Leste vão ter finalidades específicas.
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A LitAI Factory, na Lituânia, vai transformar as capacidades de computação de elevado desempenho numa infraestrutura soberana otimizada para a IA, servindo também para o armazenamento de dados. A cibersegurança e a saúde digital então entre os setor prioritários.
Na República Checa, a CZAI vai apoiar o desenvolvimento e adoção da IA no país. Esta infraestrutura estará ligada à KarolAIna, o supercomputador otimizado para a IA. A CZAI vai concentrar aplicações práticas, infraestrutura tecnológica e o desenvolvimento de habilidades, permitindo a integração do ecossistema de IA checo à rede europeia e a outras iniciativas.
O NLAIF, nos Países Baixos, é um projeto nacional virado para a Europa, com o intuito de preencher a lacuna existente entre os avanços de investigação de IA e a sua rápida aplicação a grande escala no país e na Europa. O consórcio neerlandês vai operar o recém-adquirido supercomputador.
A Gaia AI Factory, localizado na Polónia, procura acelerar o desenvolvimento e adoção de tecnologias com IA, mas também apoiar investigadores, estudantes, empresas e a administração pública local.
Na Roménia, a RO AI Factory visa apoiar as PME ao dar-lhes formação e acesso a infraestrutura inteligente, nomeadamente computação de alto desempenho, alojamento de dados e bibliotecas de algoritmos e ainda o desenvolvimento e treino de modelos de IA.
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Já em Espanha, a Fábrica de IA vai localizar-se na Galiza e focar-se no desenvolvimento de IA aplicada à saúde humana. A One-Health AI Factory vai aportar projetos de investigação farmacêutica, saúde ambiental e medicina personalizada, mas também biotecnologia e sistemas agroalimentares. Esta instalação é um complemento à Fábrica de IA em Barcelona, que envolve Portugal, Roménia e a Turquia.
Ainda que Portugal tenha ficado de fora desta lista, o projeto do Banco do Fomento para a Gigafábrica de IA mantém-se ativo e a candidatura já foi, inclusivamente, entregue em Bruxelas. Caso avance, as perspetivas apontam para receitas de 1,6 mil milhões de euros em 2030.
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