Lucros operacionais do Spotify triplicam mas desiludem. Ações chegam a tombar 9%
O Spotify registou um lucro operacional de 509 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um verdadeiro salto de 203% face ao período homólogo. Ainda assim, a empresa de "streaming" não atingiu as previsões dos analistas, que apontavam para os 548 milhões, deixando a sueca cotada em Nova Iorque a recuar até 9% no pré-mercado. A esta hora, a queda abrandou para os 3,7%.
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A empresa justifica os valores não tão altos como o esperado com "encargos sociais" que pesaram mais de 76 milhões de euros nas contas, como impostos sobre os salários dos trabalhadores e outros beneficios, isto porque a empresa remunera parcialmente os trabalhadores com ações e, até março, valorizaram 22% em bolsa.
Já as receitas ficaram dentro das previsões da própria empresa e dos analistas, nos 4,2 mil milhões de euros.
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Os utilizadores ativos mensalmente aumentaram 10% para 678 milhões, ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas de 679 milhões.
Os lucros longe das previsões ofuscaram o aumento de 12% no número de subscritores para 268 milhões, acima das projeções, que apontavam para um aumento de cerca de 265,2 milhões de assinantes. A subida indica que a estratégia da empresa de se expandir para "audiobooks", conteúdos de vídeo e podcasts está a atrair mais clientes, mesmo quando se preparam para aumentar os preços na Europa e na América Latina já este verão.
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Em comunicado, o CEO Daniel Ek afirmou que continua "confiante na história do Spotify a longo prazo, e a direção que estamos a seguir parece mais clara do que nunca". Ek tem vindo a reinvestir na empresa. No início do ano, lançou um novo programa de parcerias, que compensa os criadores com base na quantidade de conteúdos que os subscritores consomem, e não através de publicidade. Assim, desde janeiro, a empresa sueca já pagou 100 milhões de dólares a editores e criadores de podcasts, através desse programa e de anúncios que disponibiliza.
Para o segundo trimestre, o Spotify projetou 689 milhões de utilizadores ativos mensais, 273 milhões de subscritores e um lucro operacional de 539 milhões de euros, abaixo das estimativas de 553,2 milhões.
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