Netflix apresenta receitas em linha com o esperado mas falha previsões de lucro
A gigante do streaming Netflix registou um aumento das receitas de 17% para 11,5 mil milhões de dólares no terceiro trimestre, anunciou a empresa esta terça-feira. As vendas situaram-se muito próximas das estimativas da Bloomberg, que apontavam para 11,52 mil milhões.
Já o lucro líquido aumentou para 2,55 mil milhões de dólares, face aos 2,36 mil milhões do período homólogo. Contudo, a empresa dececionou no lucro por ação (EPS),que aumentou para 5,87 dólares contra 5,40 dólares no trimestre homólogo, mas aquém da estimativa de 6,94 dólares.
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As receitas foram impulsionadas principalmente pelo crescimento do número de assinantes, os ajustes de preços e o aumento das receitas com anúncios, explica a empresa no comunicado de apresentação de resultados.
Quanto ao EPS, a empresa justifica o resultado aquém do esperado com uma disputa fiscal no Brasil. Devido ao diferendo, a empresa apresentou lucros operacionais trimestrais de 3,24 mil milhões, cerca de 400 milhões abaixo das projeções da empresa e dos analistas.
A Netflix teve de pagar cerca de 619 milhões para resolver uma disputa fiscal com as autoridades brasileiras, que remontava a 2022. A empresa não espera que esta questão tenha impacto em resultados futuros.
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Ainda assim, a Netflix gerou 2,66 mil milhões de dólares de free cash flow no terceiro trimestre, em que contou com alguns filmes e séries de grande audiência, superando as estimativas de Wall Street, aumentando a previsão anual para 9 mil milhões.
A empresa vai utilizar o dinheiro para recompras de ações e investimento em programação. Contudo, a empresa não exclui a possibilidade de expandir-se através de fusões e aquisições, que poderão passar pela compra de ativos da Warner Bros Discovery Inc., avançou a Bloomberg.
Nas estimativas para o quarto trimestre, a Netflix espera 5,45 dólares de lucros por ação e vendas de 12 mil milhões de dólares, ambas ligeiramente acima das estimativas de Wall Street (5,42 dólares e 11,9 mil milhões, respetivamente).
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*Com Bloomberg
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