SAP contrata indivíduos com autismo

Numa iniciativa de carácter global e em parceria com a fundação Specialisterne, a SAP contratará indivíduos com perturbação do espectro do autismo, para trabalharem em testes de software, programação e gestão de dados. Medida não será implementada em Potugal, pelo menos numa primeira fase.
Rita Dias Baltazar 22 de Maio de 2013 às 14:45

A SAP recrutará trabalhadores com perturbação do espectro do autismo para funções de programação, gestão de dados e teste de software, segundo a agência Bloomberg.

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A fabricante de software colaborativo de gestão empresarial aliou-se à Specialiasterne, fundação que promove a inclusão de indivíduos autistas na indústria tecnológica. Nesta aliança, caberá à SAP encontrar postos de trabalho que se adeqúem a indivíduos autistas, por todo o mundo.  

 

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Numa primeira fase, a iniciativa ocorrerá na Alemanha, Canadá e Estados Unidos da América (EUA), onde se prevêem contratações ainda para 2013. No entanto, a medida deverá ser implementada em mais países, de acordo com a agência norte-americana.

 

Na Índia foi desenvolvido um programa piloto, com seis testadores de software autistas e na Irlanda a SAP está a contratar cinco indivíduos com perturbação do espectro do autismo.

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Os indivíduos com perturbação do espectro do autismo possuem talentos únicos que poderão conceder à SAP uma potencial vantagem comparativa, sobre os concorrentes, explicou a empresa em comunicado, refere a Bloomberg. Ao mesmo tempo a companhia alemã poderá garantir emprego a um número significativo de indivíduos autistas.

 

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A SAP explicou ao Negócios que, "nesta primeira fase, não  haverá implementação da medida em Portugal". Isto porque estes trabalhadores serão "integrados nos laboratórios de software" da empresa. A equipa de desenvolvimento de software que a SAP tem em Portugal é "relativamente pequena", não estando por isso reunidas condições para receber trabalhadores com perturbação do espectro do autimo. A empresa não exclui, porém, a possibilidade de tal vir a acontecer no futuro.

 

Em Portugal, não se conhece, para já, o número de indivíduos com espectro do autismo, afirmou ao Negócios a presidente da Federação Portuguesa para as perturbações do desenvolvimento e autismo. Isabel Cottinelli Telmo refere, porém, um estudo sociológico realizado no distrito de Setúbal que indica que 15 em cada 10 mil indivíduos sofrerão de perturbações do espectro do autismo.

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(Notícia actualizada às 18h40 com declarações da empresa.)

 

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