Elon Musk tinha planos para fazer crescer o Twitter e transformou-o em X, levando a que milhares abandonassem a plataforma por diversas razões e a mesma desvalorizasse significativamente. Contudo, os desejos do homem mais rico do mundo podem estar a chegar.

A CEO do X, Linda Yaccarino, afirmou esta semana que está a preparar o lançamento do segmento de negociações e investimentos dentro da plataforma. Isto é, o X está em vias de deixar os seus utilizadores apostarem nos mercados financeiros, cumprindo o desejo de Musk em construir uma “super app para tudo”.

“Poderão chegar ao X e transacionar toda a vida financeira através da nossa plataforma”, revelou Yaccarino ao Financial Times. “E isso significa que posso pagar por uma pizza que dividimos ontem, fazer um investimento ou uma venda. Esse é o futuro”, adiantou.

A chegada do X aos serviços financeiros significa que a plataforma vai enfrentar desafios regulatórios, nomeadamente com licenciamentos e de branqueamento de capitais.

Entre esta novidade, a CEO da plataforma assumiu ainda que estará ainda a chegar um cartão de crédito ou débito do X, que pode ficar disponível até ao fim do ano.

No fundo, Elon Musk quer imitar a chinesa WeChat. Inicialmente comercializada como uma plataforma de troca de mensagens, como o WhatsApp, o WeChat já permite realizar pagamentos e fazer compras, sendo considerada uma “super app”.

O X já tinha admitido introduzir o X Money, a sua carteira digital e pagamentos entre conhecidos, em parceria com a Visa no fim do ano. Quase que podemos comparar esta solução ao português MB Way, enquanto a solução anterior será comparável com a Revolut ou Trade Republic.

Contudo, o X Money só será lançado nos Estados Unidos, durante uma primeira fase, podendo chegar a outros países ao longo de 2026. Esta ferramenta vai permitir a compra de merchandise da plataforma ou dar gorjeta aos criadores da plataforma, esta última como já acontece no Patreon.