Paulo Neves: “Compra da TVI é mais um rumor”
O presidente executivo da PT Portugal assegurou que actualmente não há conversações com a Media Capital. Em entrevista à RTP3, na segunda-feira à noite, Paulo Neves disse que "este é mais um rumor", um que se junta "aos muitos que a PT tem tido nos últimos tempos desde que foi adquirida pela Altice".
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Paulo Neves explicou que em termos globais a Altice, que comprou a Meo em Junho de 2015, tem "uma estratégia de operador convergente" cobrindo telecomunicações, media e conteúdos.
Questionado sobre se Portugal seria então a excepção a esta estratégia, o CEO referiu que não: "Não, não é excepção. O que posso dizer é que não existe nada em relação à TVI neste momento". "Os rumores para a PT têm sido algo muito comum". Mas, continuou "o que vai acontecer para a frente não posso garantir como é óbvio. Neste momento não existe nada", reforçou.
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Confrontado com as declarações de Miguel Almeida, CEO da Nos, sobre uma eventual "guerra" caso a Altice comprasse a TVI, Paulo Neves respondeu: "Tomar acções sobre rumores é sempre perigoso. O passado já o demonstrou".
Paulo Neves confessou ainda que achou a "entrevista muito engraçada" uma vez que "o nosso concorrente dominou os conteúdos de desporto e cinema durante bastante tempo. E, que eu saiba, nunca apelou ao regulador para intervir".
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E os recados não ficaram por aqui: "Mais de 50% da entrevista foi sobre a PT. Se calhar estamos a fazer alguma coisa no mercado".
Depois de no mês passado o Expresso ter noticiado que a Altice teria retomado as negociações com a Prisa para comprar a TVI, o presidente executivo da Nos, Miguel Almeida, disse, em entrevista ao mesmo jornal, que caso este negócio avançasse e "os reguladores não fizerem nada haverá guerra".
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Uma afirmação que, para a Haitong, abre a porta a uma eventual compra da Impresa pela operadora liderada por Miguel Almeida.
Já os analistas do BPI consideram que caso a Altice avance para a compra da TVI seria prejudicial para o mercado e significaria "sérios riscos para a Nos e a Vodafone que seriam forçadas a reagir", de acordo com a nota do BPI que o Negócios teve acesso.
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Além disso, o sector "de telecomunicações parece estar a beneficiar de um ambiente competitivo mais benigno", desde a assinatura do acordo para a partilha de conteúdos desportivo, e "uma nova guerra por conteúdos traria riscos imprevisíveis na nossa opinião".
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