Anacom quer ver resolvidos "em definitivo" problemas da TDT antes da migração para 5G
Actualmente, "são muito poucas as reclamações" que a Anacom recebe por causa da TDT, começou por dizer João Cadete Matos, que falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.
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No entanto, "diversas autarquias vão dando conta de que parte dessas populações têm dificuldade" em ter acesso à TDT, disse. "Gostaria de ter uma correcção total da situação, contamos com a colaboração das câmaras, juntas de freguesia e dos instaladores", afirmou o presidente do regulador das comunicações electrónicas.
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João Cadete Matos considerou que este problema deve ser resolvido "antes de chegar à migração" da 5G. "Gostaríamos com o Governo, as autarquias, de resolver em definitivo esse problema", reiterou.
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Adiantou que os estudos que foram feitos sobre a TDT "apontam outras soluções mais tecnicamente evoluídas", mas que "isso implica alteração da solução tecnológica e dos equipamentos", pelo que aqueles estudos devem ser aprofundados.
A Anacom está a trabalhar "em estreita colaboração com a ERC", Entidade Reguladora para a Comunicação Social, para ver o que vai acontecer no futuro.
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Actualmente, a TDT tem capacidade para nove canais, mas existem sete em sinal gratuito. "Em Portugal existem agregados familiares que têm dificuldade na recepção da TDT, o paradoxo é que não deviam ter, estão criadas as condições tecnológicas", disse o presidente do regulador.
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João Cadete de Matos afirmou que muitos apoios à TDT "continuaram a não se concretizar no terreno", o que considerou também um paradoxo.
Recordou que havia 31 milhões de euros para dois tipos de apoio à TDT, um dos quais terminou em 2013 e visava a subsidiação para pessoas com necessidade de apoio social. Este último contava com um montante de 14,3 milhões de euros e só foram utilizados 718 mil euros.
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Além disso, ainda há 13,2 milhões de euros por utilizar. "Incompreensível havendo verbas", considerou.
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Sobre a migração para a quinta geração móvel (5G), João Cadete de Matos disse espera que tal seja feito "com o menor custo possível, sem necessidade de grande investimento".
Sobre os incêndios, o gestor afirmou que estes "constituíram uma oportunidade para algo mudar no sector das telecomunicações", com as recomendações feitas, que passam por medidas urgentes, algumas delas dependentes do parlamento.
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Apontou que os incêndios do ano passado "destruíram uma vasta rede de telecomunicações", tendo ficado "mais de 500 mil pessoas" sem comunicações. No caso do incêndio de Monchique, o número de pessoas afectadas é de 5.600.
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Cadete de Matos defendeu que os traçados de telecomunicações aéreas passam por subterrâneos e que se deve facilitar a utilização de infra-estruturas, evitando a abertura de mais valas.
Uma das recomendações é a do 'roaming' nacional, disse, apontando que os operadores devem entre si negociar acordos nesse sentido.
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Relativamente ao acesso à Internet, este é "sem dúvida um objectivo estratégico", que deve ser garantido com as redes atuais do 3G e 4G. "Temos de ter infra-estruturas que sejam partilhadas e dar ao consumidor" a possibilidade de escolher o operador, disse.
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