Anacom recebeu em 2021 o número mais baixo de notificações de incidentes de segurança desde 2015
A Anacom, o regulador das comunicações em Portugal, recebeu o menor número de notificações sobre incidentes de segurança por parte de empresas de redes e serviços de comunicações desde 2015. Essa é a informação que consta do relatório sobre violações de segurança ou perdas de integridade nas redes e serviços de comunicações eletrónicas, divulgado esta quarta-feira pelo regulador.
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No total, foram registadas notificações sobre 38 incidentes de segurança em 2021, menos 41% em termos homólogos. A entidade liderada por João Cadete de Matos aponta que este é o número mais baixo registado desde 2015. Estas notificações têm apresentado uma tendência decrescente desde 2018.
A Anacom indica ainda que a duração média anual por incidente atingiu o registo mais baixo dos últimos anos, nas 12 horas, um número "significativamente mais baixo" do que as 51 horas registadas em 2017.
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Mesmo destacando que 2021 foi "um ano atípico e exigente" no que diz respeito à utilização das redes de comunicação, a Anacom contextualiza que "não foram evidenciados incidentes de segurança diretamente relacionados com a pandemia, em grande parte devido à adaptação das redes para cenários de tráfego intenso por parte das empresas (em particular, nos períodos de teletrabalho obrigatório)".
O primeiro e segundo trimestres registaram 66% dos incidentes, sendo aqueles que mais revelaram uma situação gravosa no que respeita ao número de incidentes recebidos.
As regiões norte e centro do país foram aquelas que tiveram mais incidentes nas redes e serviços de comunicações eletrónicas.
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Da totalidade dos incidentes notificados no ano passado, a Anacom concluiu que 47% foram devidos a falha no fornecimento de bens ou serviços por terceiro, designadamente falhas no fornecimento de energia elétrica ou de avaria em circuitos alugados. Destacam-se também as ocorrências devido a acidente ou fenómeno natural, que representaram 26% do total dos incidentes reportados; a manutenção ou falha de hardware ou de software, responsáveis por 24% dos incidentes; e os ataques maliciosos, com 3% dos incidentes.
Para todo o período, desde 2015 a 2021, os incidentes imputáveis a causas associadas a fatores externos ao sector tiveram uma preponderância de 75%.
Em 2021, a maioria das notificações teve impacto em dois ou mais serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público. De acordo com as notificações recebidas, a telefonia fixa foi o serviço mais vezes afetado, com 61% do total de notificações recebidas; seguindo-se a telefonia móvel, com 58%; e a internet móvel, com 39% do total de notificações.
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