CTT juntam-se ao coro e suspendem envio postal de bens para os EUA
Devido à descontinuação do regime de "minimis", que isentava de taxas alfandegárias encomendas de baixo valor importadas pelos Estados Unidos, os CTT decidiram suspender, a partir de amanhã, o transporte de encomendas para o outro lado de Atlântico, em todos os produtos de correio, encomenda de serviço universal e encomenda expresso Internacional.
A informação foi avançada ao Negócios por fonte oficial da empresa que esclarece que o envio de remessas contendo bens para os EUA poderá continuar a ser assegurado através do produto Internacional Premium, para clientes contratuais da CTT Expresso, que permite envios até 30 kg com recolha e entrega no local mais conveniente, sendo as taxas suportadas pelos destinatários.
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Explica ainda que "os envios destinados aos Estados Unidos contendo exclusivamente documentos e as ofertas entre particulares de valor inferior a 100 dólares não serão impactados por esta medida".
A alteração do regime de "minimis" nos Estados Unidos resultou de uma Ordem Executiva do Presidente norte-americano, Donald Trump, que entrará em vigor no próximo dia 29, que vem eliminar a isenção de tarifas, passando todas as remessas com destino aos Estados Unidos a pagar direitos alfandegários.
Fonte oficial
"Esta alteração afeta diretamente os fluxos postais internacionais e obriga os expedidores a pagar os direitos aduaneiros antes do transporte para os EUA", explicam os CTT, apontando que "os detalhes dos novos requisitos ainda não estão totalmente esclarecidos pelas autoridades alfandegárias dos EUA e exigirão adaptações operacionais por parte das empresas postais a nível mundial".
Neste sentido, os CTT decidiram juntar-se a outros operadores postais na Europa, como bpost (Bélgica), La Poste (França) ou Deutsche Post (Alemanha) decidindo suspender envios postais de bens para os EUA.
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Os CTT sublinham que, "apesar do curto período entre o anúncio da ordem executiva e o início do novo regime, estão a ser envidados todos os esforços por parte dos CTT para implementar as alterações necessárias ao garante da prestação do serviço de envio postal de bens para os EUA em todas as modalidades de envio".
E garantem que a suspensão, que abrange envios postais contendo bens destinados aos EUA, Porto Rico e restantes territórios sob a sua administração, "irá durar o tempo estritamente necessário para a implementação destas alterações".
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Em 2024, o Expresso e Encomendas foi, pela primeira vez num ano completo, "o negócio que mais contribuiu para o EBIT recorrente", mas também "foi, em 2024 e pela primeira vez, o negócio que mais contribuiu para as receitas do grupo CTT, ultrapassando o segmento de Correio e Outros".
Fonte oficial
À luz dos dados da empresa, comunicados em março, o "Expresso e Encomendas já representa 43% dos rendimentos operacionais dos CTT".
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"Os rendimentos operacionais dos CTT atingiram os 1.107,3 milhões de euros em 2024, mais 122,1 milhões (+12,4%) comparativamente com 2023, refletindo o crescimento de Expresso e Encomendas (+138,4 milhões de euros; +40,6%), a recuperação do Correio e Outros (+3,8%), a estabilidade do Banco CTT (+1,1%) e o decréscimo significativo dos Serviços Financeiros e Retalho (-55,7%)", diz a empresa.
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