João Mello Franco substitui Granadeiro na presidência da PT SGPS
João Manuel de Mello Franco deverá ser o próximo presidente da PT SGPS, ocupando o cargo deixado vago por Henrique Granadeiro, que se demitiu na sequência do investimento de 897 milhões de euros em dívida de sociedades do Grupo Espírito Santo que não foi paga.
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O Diário Económico escreve esta quinta-feira que Mello Franco, até aqui administrador não executivo da empresa, será nomeado presidente na reunião de conselho de administração que se irá hoje realizar. O conselho de administração foi eleito em 2012 para ficar em funções até ao final de 2014, mas Granadeiro optou por deixar a presidência do conselho de administração e a presidência executiva, algo que iria acontecer em Setembro.
A empresa não faz comentários à notícia mas, de qualquer forma, o nome saído da reunião de administração terá de ser comunicado ao mercado através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, dado que a PT é uma empresa cotada. As acções da companhia cedem 1,06% para 1,781 euros na Bolsa de Lisboa.
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Administrador não executivo desde 1998, Mello Franco estava à frente da comissão de auditoria da PT SGPS, o órgão que tem de garantir a "supervisão da qualidade e integridade da informação financeira" da companhia. Encontra-se neste cargo desde 2007. Licenciado em Engenharia Mecânico pelo Técnico, foi presidente da Lisnave e da José de Mello Imobiliária, presidente do conselho fiscal do Sporting e esteve à frente da TMN.
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Mello Franco irá liderar uma empresa esvaziada de activos operacionais. Neste momento, a empresa é uma espécie de carteira de dívida, que tem a dívida da Rioforte no seu balanço. A principal função do gestor será, precisamente, recuperar o valor da dívida, 897 milhões de euros, para que possa aumentar a percentagem que a PT terá na nova empresa Oi, resultante da integração dos activos da PT Portugal (como o serviço Meo). Neste momento, os accionistas da PT têm 25,6% da empresa, sendo que têm opções de compra de acções da Oi para exercer nos próximos seis anos para chegar acima dos 37% inicialmente avançados. Esta redução na participação da empresa resultou do investimento em dívida da Rioforte, do Grupo Espírito Santo, que não foi reembolsada. Foi essa, então, a razão para a demissão de Granadeiro.
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