Operadores pedem equilíbrio à Anacom na regulação da IA

Os operadores de telecomunicações apelam equilíbrio ao novo regulador da Inteligência Artificial, a Anacom. Na visão de três operadores - Nos, Altice e Vodafone -, a tecnologia ainda está em efervescência das suas capacidades e é preciso cautela na regulação.

“Estamos certos de que a Anacom vai garantir que temos uma regulação justa. Precisamos que a regulação seja equilibrada”, disse Filipe Isidoro da Vodafone Portugal.

O responsável da Vodafone aproveitou a conferência do regulador das comunicações para fazer um pedido: a regulação “não deve trazer dificuldades ao serviço e ao desenvolvimento dos serviços”.

A dona da Meo é mais cética. “A tecnologia está a evoluir a um ritmo impensável e a regulação não vai conseguir acompanhar”.

Por isso mesmo, Paulo Pereira, diretor do AI Center da Meo, apelou à existência de flexibilidade aquando da regulação e das regras definidas.

Já a Nos, pela voz de Pedro Brandão, diretor da unidade de IA, indicou que tem de existir uma “estreita cooperação, ligação e trabalho” da Anacom com os operadores de telecomunicações.

A operadora liderada por Miguel Almeida tem sido uma das que tem canalizado mais investimento para as soluções integradas de IA, particularmente através da compra da Claranet e da participação de 20% na DareData, a par da Meo que tem o seu centro de dados na Covilhã, embora se encontre atualmente à venda.