Telecomunicações lideram reclamações à Deco. Meo no topo da lista

À semelhança do que aconteceu em 2021, o setor das telecomunicações voltou a ser o que mais reclamações motivou este ano à Deco Proteste. Só a operadora detida pela Altice foi alvo de 9.751 queixas.
Miguel Baltazar/Negócios
Sílvia Abreu 30 de Dezembro de 2022 às 08:00

O setor das telecomunicações continua, este ano, a liderar as reclamações apresentadas à Deco Proteste. Entre 1 de janeiro e 27 de dezembro, a organização de defesa do consumidor registou mais de 280 mil contactos, dos quais 37.888 referentes à Meo, Nos e Vodafone. 

"Falhas na cobertura, velocidade de internet inferior à contratada e penalizações por mudança de fornecedor estão entre as reclamações mais frequentes. Só a Meo registou, ao longo deste ano, 9.751 contactos, enquanto a Nos motivou 8.857. A Vodafone, que surge em terceiro lugar no ranking das empresas com mais referências negativas, contou com 4.820 registos", refere a Deco Proteste.

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Já em 2021 o setor das comunicações eletrónicas foi o que mais reclamações motivou. Em matéria de serviços postais, a 'taça' vai para os CTT. "Os consumidores reclamaram, sobretudo, das entregas de correspondência ou encomendas que não chegaram ao seu destino, daí culpabilizando a ineficácia dos CTT", refere a organização de defesa do consumidor.

Em segundo lugar surgem os bens de consumo, com 36.971 casos, salienta a Deco Proteste. Bens defeituosos e garantias, desconformidade entre o que é anunciado e a realidade e dificuldades nas compras online são as principais queixas feitas pelos consumidores nesta categoria. 

Seguem-se os serviços financeiros, com 31.985 contactos, com as principais reclamações a incidirem sobre "os sucessivos aumentos das comissões bancárias e a dificuldade de interpretação de cláusulas contratuais". A liderar a lista de maior número de queixas no setor da banca estão a Caixa Geral de Depósitos, o Santander e o Novo Banco, enquanto no das seguradoras estão a Fidelidade, a Ocidental/Ageas e a Tranquilidade.

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Por fim, o setor do turismo e lazer reuniu 20.773 reclamações, com a TAP a ser a mais referenciada. "A origem das reclamações provém de atrasos e cancelamentos de voos, 'overbooking' e perdas de bagagens", detalha a Deco, apontando que o pico de chamadas ocorreu nos meses mais quentes do ano, quando a grande maioria dos portugueses viaja em férias.

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