Terminal ferroviário de mercadorias vai "trazer o mar até Famalicão"

A Medway vai investir 35 milhões de euros para construir no Minho industrial e exportador a maior infraestrutura do género a nível ibérico, a inaugurar em março de 2020. Governo promete acompanhar privado com obras nas linhas de comboio.
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António Larguesa e Paulo Duarte - fotografia 16 de Janeiro de 2019 às 13:02

O maior terminal ferroviário da Península Ibérica vai estar operacional em Lousado em março de 2020, num investimento avaliado em 35 milhões de euros e que "vai colocar Vila Nova de Famalicão no mapa portuário nacional", através da ligação a Leixões e a Sines.

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As palavras são de Carlos Vasconcelos, presidente da Medway, que promete "trazer o mar até Famalicão", um concelho industrial do distrito de Braga. Com este investimento 100% privado e que irá criar uma centena de empregos diretos e indiretos, a empresa quer fornecer uma alternativa logística mais barata e ecológica às empresas exportadoras de toda a região Norte.

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No entanto, advertiu o gestor da antiga CP Carga, este terminal está perspetivado para realizar 12 a 14 comboios por dia "mas com o atual estado da linha, nomeadamente no troço entre o porto e Ermesinde, dificilmente conseguiremos fazer mais do que cinco ou seis". "Esperamos que as obras anunciadas agora pelo Governo venham resolver este constrangimento e, sobretudo, venham a permitir usar em toda a linha comboios de 750 metros" de comprimento, alertou.

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Este novo terminal, que ainda aguarda as licenças e o estudo do impacto ambiental para avançar no terreno – as obras devem demorar 14 meses –, terá uma área de 200 mil metros quadrados, seis linhas de mais de 750 metros e uma capacidade para parqueamento equivalente a mais de meio milhão de movimentos por ano.

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Na cerimónia de assinatura do protocolo entre a Medway, a autarquia local e a Infraestruturas de Portugal, o ministro Pedro Marques respondeu que a duplicação do troço entre Leixões e Ermesinde é uma das prioridades do programa nacional de investimentos e assegurou que "toda a rede está a ser preparada para comboios de 750 metros", que é precisamente a dimensão que "permitirá em muitos casos que se reduza até 30% o custo do transporte de mercadorias", face ao modo rodoviário.

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Investimento público como "motor" privado

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O titular da pasta do planeamento e infraestruturas, que tem sido apontado como provável cabeça de lista do PS nas eleições Europeias, frisou que este investimento privado é "muito importante para viabilizar as exportações" e vai "tirar muitos milhares de camiões das estradas, que estão a congestionar a Área Metropolitana do Porto". Além disso, acrescentou Marques, o novo terminal é potenciado pelo "investimento público criterioso e com escolhas certas" do Executivo na área da ferrovia.

 

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António Laranjo, presidente da Infraestruturas de Portugal, sublinhou também que este "incremento de tráfego na rede ferroviária irá rentabilizar os investimentos feitos ao longo dos últimos anos" pela própria empresa pública, que irá prestar acompanhamento técnico à Medway na elaboração do projeto e até ao final da obra, incluindo a cedência de materiais. "Estas Parcerias Público-Privadas são importantes para dar condições competitivas ao transporte ferroviário de mercadorias em Portugal", concluiu.

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