"Não vou pagar o aeroporto para a Ryanair”
David Neeleman, accionista da TAP, defende que devem ser as companhias "low cost" a pagar o novo terminal aéreo no Montijo.
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"Eu não vou pagar o aeroporto para a Ryanair. Eles devolveram 800 milhões para os accionistas no ano passado. A gente está sobrevivendo aqui [na TAP]", afirmou esta quinta-feira, após um pequeno-almoço com empresários.
Para o empresário americano – que integra o consórcio Atlantic Gateway com Humberto Pedrosa – o grande desafio para Portugal, nesta fase, é o aeroporto de Lisboa. "É um problema. Quando se cresce 25%, a infra-estrutura tem de acompanhar", acrescentou.
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"É uma loucura que tenhamos apenas um aeroporto em Lisboa, com uma só pista", reforçou.
Neeleman estranha o prazo de cinco anos para a abertura da pista complementar no Montijo e diz que o terminal "pode ser construído em seis meses", à semelhança do terminal 2 já utilizado pelas "low cost" na Portela.
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Uma coisa é certa: "O Montijo não é um aeroporto bom para a TAP", devido à sua operação enquanto "hub", permitindo voos de ligação. "Tem muita gente que faz ponto-a-ponto que pode ir para lá", diz, referindo às companhias de baixo custo.
Outra das preocupações do também dono da companhia brasileira Azul são os sucessivos atrasos na compra de um novo sistema de navegação, que poderia tornar o tráfego aéreo na Portela mais eficiente.
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Só com estes desenvolvimentos, a TAP acredita que é possível reforçar a operação. Neeleman tem como vontade voar para 11 novas cidades na América do Norte, como Chicago ou San Francisco.
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