Inspectores da ANAC voltam a ter qualificação europeia
O presidente da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), Luís Ribeiro, justificou esta terça-feira no parlamento que a decisão do regulador europeu de tirar a qualificação a 12 dos seus 18 inspectores por incumprimentos dos requisitos de experiência recente se deveu ao "acréscimo de trabalho" no regulador nacional, designadamente com o reforço de frotas de operadores, entre os quais a TAP.
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O responsável explicou que, no ano passado, houve necessidade de reafectar recursos, o que levou a que os inspectores, por terem realizado um número reduzido de inspecções a aeronaves estrangeiras, tenham perdido qualificação para realizarem inspecções de rampa.
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"Se não houver um número de inspecções por ano elas caducam", explicou Luís Ribeiro, que adiantou aos deputados que a situação já foi regularizada no último mês. "Já temos os 18 inspectores novamente com qualificações" para fazer programas de avaliação de segurança das aeronaves estrangeiras, frisou.
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Questionado sobre os custos da perda daquelas qualificações, Luís Ribeiro estimou em cinco mil euros o impacto para a ANAC, que teve de recorrer a uma entidade italiana para fazer as requalificações, a cujos responsáveis foram pagas viagens, estadia no hotel e irão ser pagas horas de trabalho.
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Para o responsável, não ter sido feita a certificação inicial de aeronaves teria para os operadores "um impacto muito superior a este".
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"Para os operadores, o impacto de não terem aeronaves a voar seria muito superior a este", afirmou o presidente do regulador, que considerou anormal o reforço da frota que teve lugar no ano passado, nomeadamente da TAP que na sequência da privatização "recebeu recursos financeiros".
Luís Ribeiro admitiu a dificuldade do regulador de responder a alterações súbitas.
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Segundo referiu, as inspecções realizadas a aeronaves nacionais totalizaram 241 em 2016, tendo havido 45 novas aeronaves no registo, sendo que, frisou, "cada certificado inicial demora três semanas".
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"Até ao presente foram realizadas à volta de 70 inspecções para validar certificações dos operadores", disse ainda Luís Ribeiro.
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