Ryanair alerta para possibilidade de drones russos em espaço aéreo europeu nos próximos anos

Michael O'Leary elogiou a resposta das autoridades, mas indicou que a presença de drones russos vai ter de ser uma realidade. que as companhias aéreas têm de ter em conta quando sobrevoam o espaço aéreo europeu.
Michael O'Leary admite que companhias aéreas se devem preparar para invasões frequentes.
Manuel de Almeida / Lusa
Inês Pinto Miguel 13:38

As acusações de que a Rússia está a violar o espaço aéreo polaco estão a subir de tom, especialmente depois de um edifício residencial ser atingido. Agora, o CEO da Ryanair avisa de que esta vai ser uma realidade nos próximos anos. 

Michael O'Leary assegurou que as companhias aéreas se devem preparar para partilhar o espaço aéreo europeu com os drones russos nos anos que se seguem, admitindo ser necessária uma forte resposta por parte de Bruxelas. "Será uma questão recorrente para todas as companhias aéreas nos próximos anos", disse O'Leary na assembleia anual da companhia irlandesa, citado pela Bloomberg.

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O CEO da companhia "low-cost" irlandesa aproveitou ainda para elogiar as autoridade pela rápida resposta em abater os drones russos depois destes terem sobrevoado a Ucrânia e entrarem no espaço aéreo da Polónia. Contudo, não deixou de notar que este incidente é "um alerta para a Europa e para a NATO", até porque a performance das companhias aéreas está a ser afetada.

"Isto é irritante. A Rússia está a provocar o urso, a Rússia está a irritar a Europa e a brincar com a Europa. Isto vai continuar. Não o vemos como uma questão de segurança, mas como uma questão de perturbação", sustentou.

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A Ryanair aproveitou ainda a assembleia para alertar que pode não regressar a Israel quando a situação em Gaza ficar menos crítica. "Acho que há uma possibilidade real de que não nos vamos preocupar em regressar a Israel... quando a atual violência desescalar", avisou o CEO.

Até agora, a "low-cost" de Dublin não está a fazer planos para regressar ao país de Benjamin Netanyahu antes de 25 de outubro.

O'Leary acrescentou que a companhia irlandesa está "cansada de ser enganada" pelas autoridades no aeroporto Ben-Gurion, em Israel. Além da situação de segurança, a Ryanair acusa a estrutura aeroportuária de impor pesados encargos às companhias aéreas, nomeadamente as "low-cost", com, por exemplo, custos operacionais.

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Sem a concorrência da Ryanair a voar para Israel, há a elevada possibilidade de que as companhias aéreas que continuem a voar para este destino aumentem os preços.

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