Venezuela proíbe voos da TAP e outras transportadoras aéreas para o país
O Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela (INAC) anunciou a revogação da permissão de voo da TAP e de outras companhias aéreas, segundo um comunicado desta autoridade e do Ministério dos Transportes publicado na rede social Instagram. A Venezuela já tinha ameaçado as companhias aéreas com uma proibição de operação, por terem sido aquelas que suspenderam os voos para o país após um alerta de segurança feito pelos EUA.
Além da TAP, a Venezuela também está a revogar a permissão de voo às companhias Ibéria (Espanha), Avianca (Colômbia), Latam Airlines (Chile), Turkish Airlines (Turquia) e Gol Linhas Aéreas (Brasil). A notícia foi avançada pela agência AFP, que avança que o Ministério dos Transportes venezuelano tinha dado, na segunda-feira, um prazo de 48 horas às companhias aéreas para retomarem as operações.
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"Por se juntarem às ações de terrorismo de Estado promovidas pelo Governo dos EUA, suspendemos unilateralmente as suas operações comerciais de e para a República Bolivariana da Venezuela", lê-se na publicação.
No sábado, a TAP tinha sublinhado que a decisão de suspender dois voos para a Venezuela "decorre de informação emitida pelas autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos da América, que indica não estarem garantidas as condições de segurança no espaço aéreo venezuelano, nomeadamente na zona de informação de voo Maiquetía".
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Na sexta-feira passada, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA na sigla em inglês) emitiu um alerta no qual pedia "prudência" às transportadoras aéreas que operam voos no país latino devido "ao agravamento da situação de segurança e intensificação da atividade militar na Venezuela ou perto". O aviso surge numa altura em que as tensões entre os EUA e a Venezuela estão a aumentar, com os americanos a terem atacado embarcações venezuelanas sob o pretexto de pertencerem a redes de tráfico de droga.
"Recomenda-se aos operadores prudência ao operar na região de informação de voo de Maiquetía [correspondente ao espaço aéreo controlado pela Venezuela, que inclui também parte das Caraíbas sul e oriental] a todas as altitudes, devido ao deterioramento da situação de segurança e ao aumento da atividade militar na Venezuela ou seus arredores", refere a FAA no comunicado, citado pela agência Lusa.
Recentemente, os EUA declararam um cartel associado a Nicolas Maduro como organização terrorista, o que motivou uma mobilização popular venezuelana esta semana.
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(Notícia atualizada às 07:36 horas com mais informação)
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