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Queixas de passageiros do transporte aéreo diminuem 8,5% em 2019

No ano passado a ANAC registou uma redução das reclamações dos passageiros contra companhias aéreas e aeroportos, mas um aumento contra prestadores de serviços de handling.

Passageiros de voo da Ryanair ficaram quase cinco horas dentro de avião no aeroporto de Lisboa
Passageiros de voo da Ryanair ficaram quase cinco horas dentro de avião no aeroporto de Lisboa
21 de Abril de 2020 às 19:23

As reclamações de passageiros registadas pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) no ano passado somaram 12.722, o que revela uma redução de 8,5% face às 13.906 contabilizadas em 2018.

O regulador da aviação civil divulgou os dados do segundo semestre, que permitem completar o conjunto do ano de 2019 em matéria de queixas de passageiros do transporte aéreo. Segundo o relatório, as queixas contra as companhias aéreas nacionais recuaram 13,7% em 2019, enquanto as que visaram transportadoras estrangeiras diminuíram 6,8%. Já as reclamações contra o gestor aeroportuário tiveram um decréscimo de 23,3%

Por seu lado, as queixas contra os prestadores de serviços de assistência em escala subiram de 2018 para 2019 mais de 51%.

Olhando só para o segundo semestre do ano passado, o relatório da ANAC revela, em termos homólogos, um decréscimo do número de reclamações de cerca de 1% correspondente a menos 69 quaixas, "registadas num período que foi, inclusivamente, marcado por um crescimento homólogo de passageiros transportados de 10,7%", salienta o regulador.

Das entidades mais reclamadas, a TAP manteve o registo mais elevado de reclamações de passageiros, reunindo 47,5% do total das queixas registadas na segunda metade do ano passado, ainda que tenha registado um recuo de 14,4%. O regulador da aviação civil salienta, neste âmbito, o contexto de crescimento semestral homólogo de passageiros transportados de e para aeroportos nacionais pela TAP de 22,2%.

Por seu lado, a SATA Internacional obteve o segundo registo mais elevado, respondendo por 12,8% do total das reclamações registadas no semestre, com um aumento de 975%. "Este crescimento expressivo traduz o igualmente expressivo aumento do número de reclamações relacionadas com cancelamentos de voos e atrasos de voos, que representaram 72% das 871 reclamações dirigidas a este operador, contra 86% de um total de 81 reclamações no semestre homólogo", frisa a ANAC.

Já a Portway obteve o terceiro registo mais elevado de reclamações e uma variação homóloga de 21,8%.

De entre as entidades com mais reclamações registadas, o regulador destaca ainda a Ryanar, por apresentar uma redução de reclamações face ao período homólogo de 63,4%, num contexto de crescimento do número de passageiros de 6,3%.

Segundo o regulador da aviação civil, o segundo semestre de 2019 ficou marcado por um conjunto de eventos que influenciaram o número de reclamações, entre os quais a avaria no radar do aeroporto Francisco Sá Carneiro em junho "que se traduziu num elevado número de cancelamentos de voos", as greves de pilotos e/ou tripulantes da Ryanair (em agosto), da British Airways (em setembro) e da Lufthansa (em novembro), a falência da Aigle Azur e da Thomas Cook, em setembro, e a avaria dos sistemas da Bristish Airways em agosto, "da qual resultaram numerosos voos cancelados".

Os atrasos dos voos (com e sem perda de ligação) continuaram a ser o principal motivo de reclamação, reunindo 35,5% do total de queixas no semestre.

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