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Roland Berger diz que após reestruturação Estado deve sair da TAP

António Bernardo acredita que a TAP vai ter de entrar em movimentos de consolidação, através de fusão ou compra de posição por uma grande companhia aérea.

António Bernardo Roland Berger
António Bernardo Roland Berger Miguel Baltazar/Negócios
17 de Dezembro de 2020 às 11:42

O presidente da Roland Berger Portugal, António Bernardo, defendeu esta quinta-feira, que a reestruturação da TAP é indispensável, mas que a seguir a este processo "tem de vir a privatização".

Na abertura do webinar "Haverá retoma sem transporte aéreo?", organizado pelo Jornal Económico e pela consultora BDC, o responsável frisou que após a reestruturação da companhia aérea, "o Estado tem de reduzir a posição e se possível privatizar totalmente".

António Bernardo considerou que o processo que visa redimensionar a TAP "está a ser demasiado politizado" e apontou que "os Estados raramente são acionistas racionais" para defender que o serviço público pode ser apoiado sem ter que ser acionista.  

"Restruturação sim, mas Estado deve sair da TAP", afirmou, acrescentando que a companhia nacional "vai ter de entrar em movimentos de consolidação", através de "fusão ou compra de posição por uma grande companhia aérea".

Ainda que reconhecendo que este não é o momento mais oportuno, no futuro o responsável da Roland Berger acredita que "a Lufthansa será um excelente parceiro", tendo até já adquirido outras companhias com a dimensão da TAP.  

Frisando que a aviação é um setor de grandes economias de escala, António Bernardo salientou que a TAP já antes era uma empresa demasiado pequena para ter uma rentabilidade aceitável.

Ainda sobre a reestruturação da companhia aérea, defendeu que embora indispensável tem de ser "feita de modo que não hipoteque alavancas competitivas", como as rotas para Brasil, Atlântico Norte e um conjunto de mercados selecionados em África.

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