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TAP alvo de buscas por causa de indemnização a Alexandra Reis

As TAP está a ser alvo de buscas por parte do Ministério Público, devido à "atribuição de indemnização aquando da renúncia de uma vogal" que, sabe o Negócios, se trata do cheque de 500 mil euros passados à antiga administradora Alexandra Reis. Companhia aérea garante colaborar com autoridades.

Avião da TAP homenageia Carlos Paredes
Avião da TAP homenageia Carlos Paredes Pedro Catarino
23 de Setembro de 2025 às 11:12

As instalações da TAP e um escritório de advogados em Lisboa estão a ser alvo de buscas por parte do Ministério Público. Estão a ser investigados, no âmbito de um inquérito do DIAP de Lisboa, "factos relacionados com a atribuição de indemnização aquando da renúncia de uma vogal e membro do Conselho de Administração e Comissão Executiva da TAP". 

O Negócios sabe que estas buscas dizem respeito à indemnização atribuída à ex-administradora Alexandra Reis, que saiu da TAP em fevereiro de 2022 após receber uma indemnização de 500 mil euros. Um ano depois, a antiga gestora , sendo que um relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) considerou que a indemnização era ilegal por violar as regras aplicáveis a gestores públicos, determinando a .

De recordar que esta indemnização polémica gerou uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que incidiu na gestão política da TAP entre 2020 e 2022. De recordar que, na sequência das conclusões, a presidente executiva e o "chairman" da TAP, Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, foram demitidos pelo Governo, que alegou justa causa.

Em resposta ao Negócios, a TAP afirma que "não comenta processos judiciais e colabora sempre com as autoridades em todas e quaisquer investigações".

A Polícia Judiciária (PJ) confirmou, através de comunicado, que a investigação se deve ao "processo de atribuição, por parte da TAP, de uma indemnização de 500 mil euros a uma vogal e membro do Conselho de Administração e Comissão Executiva da companhia aérea, na sequência da sua cessação de funções". Na mesma nota, a entidade dá conta da existência de "fortes indícios de que foram violadas diversas disposições legais".  

Segundo comunicado do Ministério Público, as buscas estendem-se a "pesquisas em equipamentos informáticos da Secretaria-Geral do Governo". Esta busca em específico diz respeito à troca de comunicações, nomeadamente de e-mails ou outra no formato eletrónico, trocada entre o então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, que deu luz verde à indemnização através de WhatsApp, o Secretário de Estado das Infraestruturas Hugo Mendes e os ex-chefes de gabinete, sobre o pagamento dos 500 mil euros.

A entidade adianta que estão em causa "suspeitas da eventual prática de crimes de crimes de administração danosa, de recebimento ou oferta indevidos de vantagem, de participação económica em negócio e de abuso de poder".

Estas buscas, que visam a apreensão de documentos, estão a ser realizadas por procuradores da República e pelo juiz de instrução, sendo coadjuvados por inspetores da Polícia Judiciária.

Segundo a PJ, que deu o nome de Operação 'Cheque In' a esta investigação, confirmou o cumprimento de "três mandados de busca e apreensão e de pesquisa informática em instalações de uma companhia aérea e num escritório de advogados", que já se saber ser a Sociedade Rebelo de Sousa.

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