A administração da PSA Sines indica esta terça-feira que a greve convocada pelo sindicato SIEAP "está a ter consequências financeiras graves no Terminal XXI". Em comunicado, a PSA Sines refere que a paralisação iniciada segunda-feira, dia 22, e que decorre até sexta-feira, dia 26, com paragens diárias de 12 horas, está a ter uma "adesão mínima".

Ainda assim, diz, "está a ter consequências financeiras graves no Terminal XXI da PSA Sines". E detalha que "face à instabilidade gerada, um dos principais clientes da PSA Sines retirou os seus navios do porto de Sines, transferindo operações para outros terminais".

O desvio de volumes, prossegue, "resultará num impacto financeiro substancial para a empresa, para o emprego de centenas de trabalhadores, bem como para a confiança dos mercados internacional e nacional no Porto de Sines".

A empresa assegura que tem "cumprido integralmente os aumentos salariais acordados e mantém-se em diálogo construtivo com o Sindicato XXI, com quem assinou recentemente um acordo de entendimento e criou um grupo de trabalho dedicado à revisão de horários".

E destaca que este mês "cada trabalhador elegível recebeu uma gratificação de 100 € e duas refeições na cantina, como reconhecimento pela marca histórica de 116 000 movimentos em julho".

Apesar destes avanços, sublinha, "a greve provocou um rápido desvio de carga, perturbações nas cadeias de abastecimento, danos reputacionais para o porto e um aumento da pressão financeira sobre a PSA Sines".