Certificado Covid deve dar acesso a festivais ainda este verão
A utilização do Certificado Digital de Covid-19 para o acesso a festivais de verão a realizar ainda este ano deve ser aprovada durante o Conselho de Ministros desta quinta-feira, 24 de junho, apurou o Negócios junto de fonte próxima da indústria. Até as crianças deverão ter que apresentar teste.
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A ideia de que o certificado de vacinação, testagem ou imunidade por recuperação de doença pudesse ser utilizado para permitir a realização de eventos culturais já não é nova e foi adiantada por Marques Mendes no domingo, no seu habitual comentário à SIC.
Na altura, o comentador dizia que "o Governo vai aprovar um Decreto-Lei a determinar que o Certificado Covid se aplique cá dentro e não apenas em viagens. (…) Quem tiver Certificado Covid pode ter acesso sem restrições a casamentos, jogos de futebol e espectáculos. Estas três situações já estão definidas. Mas o Governo está ainda a estudar a hipóteses de alargar o Certificado Covid a outras situações, atividades e eventos, designadamente no acesso a restaurantes".
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Uma dessas hipóteses deverá ser a realização de festivais que, ao que o Negócios conseguiu apurar, vão solicitar a apresentação deste tipo de prova a todos os espectadores, incluindo crianças.
Falta, contudo, apurar se a medida será uma recomendação, podendo a apresentação de prova de vacinação ou teste negativo ser feita através de outros meios, ou obrigatória. Seja como for, o esclarecimento deve chegar depois do Conselho de Ministros desta quinta-feira.
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Na quarta-feira passada, durante a conferência de imprensa a propósito da aprovação por Bruxelas do Plano de Recuperação e Resiliência, António Costa tinha avançado que o certificado "terá utilidade não só para viajar" mas também para "outros fins", adiantando que se aplicaria a "casamentos e outros eventos do género".
No dia 15 a Direção Geral de Saúde tinha já revisto a norma para incluir a recomendação de que se apresentassem testes negativos à covid-19 em eventos familiares com mais de 10 pessoas, sendo os mesmos obrigatórios para eventos com mais de 1.000 pessoas ao ar livre ou 500 em espaços fechados.
Os festivais de verão têm sido dos eventos mais afetados pela pandemia, tendo já sido adiados, na sua maioria, por duas edições consecutivas. A falta de indicações por parte da DGS, a situação pandémica em Portugal e no estrangeiro e a natureza da organização destes grandes eventos levou já a que, por esta altura, fossem adiados os seguintes festivais em todo o país: ID No Limits e CoolJazz (ambos em Cascais), o Alive (Oeiras), o Rock in Rio Lisboa, o Super Bock Super Rock (Sesimbra), o Bons Sons (Tomar), o Primavera Sound (Porto), o Boom Festival (Idanha-a-Nova), o Barroselas Metalfest, o Músicas do Mundo de Sines, o Gouveia Art Rock, o Rolling Loud (Portimão), o Summer Fest (Ericeira, Mafra), o Amplifest (Porto), o Lisb-ON (Lisboa) e o Vilar de Mouros (Caminha).
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