"Turismo deve ser um estímulo para o desenvolvimento de outras atividades", diz Montenegro

O primeiro-ministro defende que o setor do turismo deve ser integrado numa lógica de expansão para outras atividades económicas. Luís Montenegro elogia ainda o que o setor tem feito para fazer crescer o país.
Montenegro defende integração do turismo para expansão económica
Rui Minderico / Lusa
Inês Pinto Miguel 16:53

O primeiro-ministro vê o país a crescer como um todo, com as atividades setoriais a apoiarem-se. "Com a alavanca do turismo a crescer, e cada vez mais qualificado, conseguimos aumentar as nossas exportações e atrair outros investimentos", disse Luís Montenegro na conferência do Dia Mundial do Turismo, promovida pela Confederação do Turismo de Portugal. 

Na visão de Montenegro, o "turismo é um estímulo para que haja outros setores de atividade a crescer", dando como exemplo a agricultura e os serviços. "Um turismo imponente e impactante acaba por ancorar, por motivar e incentivar e por desenvolver", concluiu. 

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Para o primeiro-ministro, as atividades económicas devem apoiar-se entre si, daí a "visão transversal e integrada do processo de desenvolvimento do país" que tem sido apresentada ao longo dos últimos meses.

"Estamos no bom caminho para poder cooperar ainda mais com o setor do turismo, desde os investimento nas redes rodoviárias, ferroviárias, na capacidade agropecuária e fiscalização, até à política migratória e à capacidade de atrair e reter recursos humanos e os qualificarmos, para podermos ser ainda mais competitivos", disse Luís Montenegro sobre o caminho que está a ser feito. 

"O setor tem vindo a percorrer um caminho notável de crescimento sustentável, de contribuição para o nosso PIB e de contribuição para a nossa coesão social e territorial", destacou o primeiro-ministro, lembrando os recordes que foram atingidos por várias regiões turísticas nos últimos anos.

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E Luís Montenegro vai mais longe sobre o efeito que o setor do turismo tem tido na economia portuguesa. "O turismo e o seu efeito na nossa economia não são apenas aquilo que resulta da exploração do nosso potencial turista. Há outras vantagens para o país e para a economia que decorre do sucesso da estratégia dos investimentos turísticos".

O primeiro-ministro escolheu ainda deixar um recado. "Vamos continuar a dinamizar linhas de apoio para requalificar, renovar e regenerar muita da nossa oferta. Vamos continuar a cooperar onde há lacunas de mão de obra, com o Estado a cumprir o desígnio de sermos suficientemente atrativos com o espírito de regulação e dignificação de quem nos procura para oferecer capacidade de trabalho", abordando os programas lançados para capacitar mão de obra para este setor.

E admite ainda a dinamização através dos grandes eventos, nomeadamente de competições. "Sim, estou a falar da Fórmula 1. Achamos que é um investimento pelo qual vale a pena lutar para o assegurar e estamos muitíssimo bem colocados". 

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Numa palavra a quem investe no setor em Portugal, o primeiro-ministro aproveitou para também deixar uma palavra. "Vamos tentar dar competitividade e flexibilidade suficiente no mercado laboral para que os investidores possam sentir previsibilidade e que possam sentir que vale a pena contratarem mais e que vale a pena arriscarem contratar recursos humanos mais qualificados".

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