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Norte-americanos entre os turistas de maior crescimento em maio

As dormidas de estrangeiros sofreram um revés, mas isso não impediu que os norte-americanos deixassem de visitar Portugal, especialmente depois do reforço das ligações aéreas. Proveitos totais chegaram aos 717 milhões de euros.

Dormidas de não residentes caiu ligeiramente em maio.
Dormidas de não residentes caiu ligeiramente em maio. Pedro Noel da Luz
30 de Junho de 2025 às 12:01

O setor do alojamento turístico viu o número de hóspedes e de dormidas crescer em maio, com os turistas norte-americanos em grande foco, fruto do aumento das ligações aéreas. Os dados do Instituto Nacional de Estatística mostram que Portugal acolheu 3,2 milhões de hóspedes no quinto mês do ano e que as dormidas subiram para 7,8 milhões.

Este setor, em que o INE não contabiliza os pequenos alojamentos locais, gerou 717 milhões de euros de proveitos totais e 550,6 milhões de euros em proveitos de aposento, significando aumentos de 8,7% e 8,9%, respetivamente.

Os Estados Unidos destacaram-se como um dos 10 mercados emissores de maior crescimento. Só em maio, os turistas norte-americanos apresentaram um crescimento de 6%, posicionando-se como o terceiro maior mercado em termos de dormidas de não residentes. Atrás ficaram os italianos e os canadianos, aportando aumentos de 5,6% e 4,2%, pela mesma ordem. 

Em sentido contrário, os mercados alemão e brasileiro apresentaram descidas significativas. Os turistas alemães decresceram 7,7%, enquanto os brasileiros caíram 11,6%

Estes dados vão de encontro ao facto dos mercados externos terem perdido algum fôlego nas dormidas, revelando um decréscimo de 0,2%, após um crescimento de 7,7% em abril à boleia à Páscoa. No total, os turistas estrangeiros representaram 5,8 milhões de dormidas.

Em termos de dispersão geográfica, o Norte e o Centro foram as regiões que mais dormidas registaram em maio, com aumentos de 6,6% e 5,6%, sendo que o Algarve e a Grande Lisboa evidenciaram descidas de 3,1% e 0,7%, ainda que tenham continuado a concentrar mais de 24% das dormidas em território nacionail. 

Os estrangeiros escolheram os Açores e o Norte para visitar em maio, deixando o Algarve para outras meteorologias mais quentes. Já os residentes em Portugal escolheram a Madeira, com um aumento homólogo de 31,9% em maio, o Norte e o Centro, ambos com crescimento de 7,5%.

Proveitos sobem com menos dormidas

Apesar do forte aumento dos proveitos, a estada média diminiu 1,3% em maio para 2,44 noites nos estabelecimentos de alojamento turístico. A Madeira e o Algarve continuam a reportar os valores mais elevados, com 4,35 e 3,68 noites. Os turistas não residentes são os que mais pressionaram as dormidas, com uma quebra de 1,8% em maio. 

O INE destaca que a "Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (31,9% dos proveitos totais e 34% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (22,5% e 20,7%, respetivamente) e do Norte (17,5% e 18,3%, pela mesma ordem)". 

Contudo, o organismo estatístico nacional aponta para um forte destaque das Regiões Autónomas. "Os aumentos mais expressivos de proveitos ocorreram na Madeira (21,1% nos proveitos totais e 21,3% nos de aposento) e Açores (14,7% e 17,2%, pela mesma ordem)", enquanto o crescimento no Algarve foi "mais modesto".

O rendimento médio por quarto disponível ficou em 83,4 euros em maio, num acréscimo de 6,7%, após um aumento de 10,9% no mês anterior por causa do efeito Páscoa. Já o rendimento médio por quarto ocupado atingiu os 128,9 euros, significando um aumento homólogo de 5,8% em maio. Lisboa e Madeira apresentam os rendimentos por quarto disponível e ocupado mais elevados em Portugal, ficando acima dos 100 euros.

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