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Turistas internacionais fazem boicote ao verão na América de Trump

As perspetivas não são positivas para a economia dos EUA, pelo menos no que refere o turismo. É esperada uma queda acentuada do número de visitantes internacionais ao país liderado por Donald Trump e ainda maior nos proveitos.

EUA estados unidos bandeira
EUA estados unidos bandeira DR
23 de Maio de 2025 às 14:20

As tarifas de Donald Trump estão a atacar a economia doméstica, num movimento inverso ao que seria suposto e não é só por via direta com o reforço das taxas aduaneiras. Os turistas mundiais estão a desistir de conhecer os Estados Unidos da América (EUA), depois de o presidente eleito em novembro abrir uma nova guerra comercial, especialmente à União Europeia.

Os dados mais recentes do Tourism Economic, da consultora britânica Oxford Economics, que tem acompanhado a (falta de) atratividade turística dos EUA após o anúncio do "dia da libertação", mostram que o sentimento se mantém negativo em relação às visitas. É estimada uma quebra de 8,7% nas chegadas internacionais aos EUA no total do ano, sendo que este tem sido um destino bastante procurado nos últimos anos, também por força do aumento das ligações aéreas. 

O relatório indica ainda que é esperada uma forte redução dos gastos dos turistas internacionais. A consultora prevê "uma redução de 8,5 mil milhões de dólares (4,7%) nos gastos de visitantes internacionais em 2025, em comparação com o ano passado". 

As previsões iniciais, que datam de dezembro de 2024, apontavam no sentido inverso. As expectativas eram de "continuidade do crescimento pós-pandemia", sendo que a previsão no fim do ano passado evidenciavam um crescimento de 8,8% nas chegadas internacionais e um aumento de 16% nos gastos turísticos.

Verão com ventos contrários

O período de verão não se está a avizinhar com o fulgor habitual, pelo menos para os EUA. Os últimos dados indicam que os norte-americanos continuam a procurar a Europa, principalmente Portugal, também por força do reforço que foi feito este ano com as ligações diretas.

Os dados recolhidos pelo Tourism Economics no mês de abril mostram que foram reservados menos 10,8% dos voos para os EUA entre maio e julho do que no mesmo período de 2024. Este indicador já sinaliza "uma fraca perspetiva para viagens internacionais de entrada no país", com as reservas de europeus a ficarem 10,4% abaixo ao ano passado e as dos canadianos a caírem 33%.

O relatório é claro nas suas conclusões: "a tensa relação dos EUA com os seus principais aliados comerciais e mercados emissores de turismo continuará a pesar na procura por viagens". 

As políticas da Administração Trump, entre o forte movimento de deportação e a guerra comercial, contribuíram, de forma significativa, para o sentimento negativo que tem sido observado entre os turistas, que têm levantado preocupações com viagens para os EUA. 

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