64% da população mundial tem um património inferior a 10 mil dólares
O valor da riqueza mundial voltou a crescer no último ano, para um novo recorde. Mas, a geração de valor continua a ser acompanhada por uma grande disparidade na distribuição de património. Enquanto quase metade da riqueza mundial é detida por menos de 1% dos adultos, 64% da população vive com uma riqueza avaliada em menos de 10.000 dólares.
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"Durante os 12 meses até meados de 2018, o riqueza global agregada cresceu em 14 biliões de dólares (4,6%) para um total de 317 biliões, ultrapassando o crescimento da população", conclui o relatório Global Wealth Report 2018, publicado esta quinta-feira. De acordo com o mesmo documento, "a riqueza por adulto cresceu 3,2%", para 63.100 dólares por adulto.
A riqueza mundial cresceu, em 2018, a um ritmo mais moderado face a 2017, mas uma subida superior à média de crescimento desde o pós-crise financeira de 2008. O aumento do valor do património esteve "em parte a reflectir as subidas continuadas nos mercados accionistas, mas principalmente devido a aumentos nos activos não financeiros".
Apesar da maior riqueza, a sua distribuição continua a revelar discrepâncias acentuadas. Os 42 milhões de milionários, representativos de menos de 1% da população mundial, controlam 48% da riqueza mundial. Já na base da pirâmide, 64% da população mundial vive com uma riqueza inferior a dez mil dólares. Ainda que haja mais pessoas a viver com um património muito baixo, esta percentagem registou uma subida de seis pontos percentuais, face aos 70% que ocupavam a base da pirâmide no relatório anterior.
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EUA lideram e China isola-se no segundo lugar
Em termos de distribuição de riqueza, o estudo do banco suíço sobre a riqueza global conclui que os EUA continuam a liderar a lista, num ano de novos recordes. O valor do património nos EUA aumentou em seis biliões de dólares, num ano em que passaram a existir mais 678 mil novos milionários no país.
Já a China isolou-se no segundo lugar em termos de milionários, com o número de pessoas com uma riqueza avaliada acima de um milhão de dólares a crescer em 186 mil nos últimos 12 meses.
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Do lado oposto, países como a Turquia e o Brasil, cujas economias e mercados financeiros atravessam uma crise, assistiram a uma quebra do número de milionários, um fenómeno que o Credit Suisse justifica essencialmente com as desvalorizações cambiais sofridas nestes dois mercados.
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