Aviões de guerra antigos podem ser mais lucrativos do que acções

Ter um avião “vintage” pode ser mais rentável do que ter acções. Além disso, é um avião.
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Foto: Platinum Fighter Sale Foto: Platinum Fighter Sale Foto: Platinum Fighter Sale Foto: Platinum Fighter Sale
Bloomberg 01 de Setembro de 2018 às 17:00

Os mercados de objectos de colecção são movidos pela paixão, não pela razão. Mas o mercado de aviões de colecção tem visto uma divisão nos últimos anos entre aqueles que compram e restauram por amor e pela história e aqueles que são novos coleccionadores interessados no retorno desse investimento.

 

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Os proprietários da Platinum Fighter Sales, com sede em Redondo Beach, Califórnia, afirmam ter intermediado mais de 300 milhões de dólares em aviões clássicos e warbirds (aviões militares) para os dois tipos de compradores nos últimos 30 anos.

 

Nos últimos anos, Simon Brown, um dos donos da Platinum, notou a chegada de investidores. Estes clientes podem até nem saber que tipo de avião que estão a comprar, mas reconhecem um bom retorno sobre um investimento quando o vêem.

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"Nos últimos 40 anos, estes aviões duplicaram de valor a cada 10 anos", revela Brown. Ajustado à inflação, isto coincide com o retorno anual médio histórico do S&P 500, que desde a sua criação em 1923 é de apenas cerca de 7%.

 

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Temor

O receio dos coleccionadores e daqueles que amam os aviões pela sua história mais do que pelo retorno sobre o investimento é que estas aves raras serão guardadas a sete chaves e não serão partilhadas com os amantes do género. Muitas são levadas para fora do país de origem e guardadas em hangares privados, o que na prática as tira de circulação das exibições aéreas e dos eventos históricos semelhantes.

 

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"Do ponto de vista financeiro ou comercial é bom, mas não se vê os aviões a voar como antes, o que de certo modo frustra o propósito de contar a história dos aviões", diz Brown.

 

60% dos negócios da Platinum Fighter Sales são feitos nos EUA e o restante das vendas traça uma rota de voo para o exterior.

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"Algumas pessoas compram um avião em dólares americanos, mantêm-no e depois vendem-nos porque a taxa de câmbio é favorável", afirma Brown. "Por vexes, ganha-se mais dinheiro com a taxa de câmbio do que com o valor do avião."

 

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Emoção

Uma grande fatia das vendas internacionais da Brown provém da Europa. Há também compradores na Austrália e na Nova Zelândia e as vendas na Europa Oriental e na Rússia estão a crescer.

 

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Comprar ou vender um avião antigo pode ser emocional para um coleccionador. Os investidores, porém, só querem o melhor acordo, diz Brown. "Se alguém quer um avião em particular, nós tiramos a emoção que isto causa", diz. "Não queremos que eles paguem demais. Queremos que eles sejam tratados de maneira justa."

 

Quanto às vendas, Brown diz que tudo o que é britânico está superaquecido neste momento, especialmente Spitfires e Hurricanes. "Este ano é o centenário da Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês)", recorda. "Por isso eles são o sucesso do ano. Tudo o que é britânico, aliás."

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(Texto original: The Case for Investing in Rare Aircraft)

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